Número de casas para desalojados pela enchente pode chegar a 900 em Encantado

Cheia de setembro havia deixado 390 famílias sem moradia e nova catástrofe pode ter condenado cerca de 500 residências


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Foto: Vanessa Paliosa/Prefeitura de Encantado/Arquivo

A Administração Municipal de Encantado está realizando um levantamento para determinar a situação das casas atingidas pela enchente do início de maio. Somadas às residências que haviam sido destruídas em setembro do ano passado, o número de habitações condenadas podem chegar a 900 no município. O prefeito, Jonas Calvi, concedeu entrevista ao programa Panorama desta terça-feira (28) e explicou que o processo para a construção das novas casas não será rápido e por isso é necessário acomodar os desalojados da melhor maneira possível.

A enchente de setembro de 2023 havia destruído 390 casas. Tanto que haviam sido encaminhados 250 alugueis sociais. Com a nova cheia, outras 1.310 residências foram danificadas. “Dessas 1.310, vamos ser bem otimistas, que a metade vai estar condenada”, afirmou Calvi. Dessa forma, em um cálculo inicial, pelo menos 500 residências novas precisariam ser edificadas. Somadas às 390 anteriores, o número pode chegar a 900 moradias em Encantado. Além do Bairro Navegantes, o prefeito citou os bairros Lago Azul e Vila Moça e a Linha Cedro como locais amplamente afetados.

Jonas Calvi ainda relatou que as construções não serão imediatas e podem durar meses. Por isso, é necessário melhorar as condições nos abrigos provisórios, com atendimento médico, social e psicossocial, além do retorno das crianças às salas de aula. Também estão sendo providenciadas divisórias para determinar melhor os espaços de cada família.

Outro desafio é quanto a manutenção das empresas no município. O prefeito relatou que os empreendedores atingidos não tem a intenção de sair de Encantado, mesmo aqueles atingidos pela quarta vez em menos de um ano. Uma área de terra para a implantação de um distrito industrial está sendo avaliada. Toda a infraestrutura, inclusive com a construção de pavilhões deverá ser disponibilizada. Jonas Calvi explicou que é necessário dar a atenção tanto para as grandes empresas, que geram muitos empregos, quanto para as menores que são o sustento de várias famílias.

Texto: Gilson Lussani
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