“O empreendedor gaúcho tem essa capacidade de recomeçar”, destaca diretor da OIW Telecom

Empresa de telecomunicações e energia solar surgiu em Taquari e hoje figura entre as 500 maiores do Sul do país


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Ricardo Brunetto e Fabrício Ferreira (Foto: Gilson Lussani)

A capacidade de recomeçar, reconstruir e se reinventar é característica dos empreendedores gaúchos, conforme destaca o proprietário da OIW Telecom, Fabrício Ferreira. Para ele, é preciso “ter a serenidade de entender que são ciclos. Ele vai cair, ele precisa se levantar e seguir em frente, isso está no DNA”.

O entrevistado do Arte de Empreender deste sábado (29) coordena a empresa que está entre as 500 maiores do sul do Brasil. Além dos serviços prestados no fornecimento de cabos de fibra óptica, a OIW trabalha há dois anos com a venda de sistema solar diretamente aos consumidores.

Natural de Porto Alegre, Ferreira conta que tem Taquari, onde surgiu a empresa, como sua cidade de coração. A trajetória no empreendedorismo iniciou por incentivo principalmente do pai, que começou os trabalhos em meados de 1994, após anos atuando como funcionário público. “Acho que isso funcionou muito bem, porque na verdade eu e meus irmãos hoje estamos todos na iniciativa privada. O grande anseio dele como pai foi dar um futuro diferente pra gente”, relata.

Quando Ferreira passou a fazer parte do projeto, a demanda era fornecer equipamentos a um provedor de internet local. Ele conta que por 12 anos o mercado que atendia redes sem fio funcionou perfeitamente, porém, de 2014 para 2015, o grupo enfrentou o desafio da migração em massa para a fibra óptica. Mesmo com a queda de faturamento em 2016, a readaptação fez com que em 2020 a OIW fosse a maior importadora da nova tecnologia no Brasil. “A gente conseguiu dar uma virada muito grande e se reinventar como negócio”, considera.

O trabalho de expandiu durante a pandemia da Covid-19, em virtude dos acessos residenciais à internet se mostrarem precários. A dificuldade de competitividade na região fez com que Ferreira optasse por abrir filiais em outros estados, como Santa Catarina, Bahia, Minas Gerais e Mato Grosso. O empresário aponta que no Rio Grande do Sul “infelizmente ao longo dos anos sempre se adotou uma postura muito dura em relação aos benefícios fiscais”. Hoje, a OIW conta com oito unidades em sete estados, totalizando 200 colaboradores.
Em 2022, a empresa passou a atuar também no setor de energia solar, considerando a necessidade de ter um novo segmento. Hoje as vendas representam metade do faturamento total, tendo em vista que os valores são muito mais altos quando comparados ao acesso residencial à internet, por exemplo, que é feito por meio de roteadores.

Nos próximos anos, Ferreira diz que a ideia da OIW é investir na produção nacional. “A gente quer se tornar em ativos de rede cada vez mais um player relevante pro setor de telecomunicação”, pontua. Já em relação aos serviços de sistema solar, a pretensão é avançar em unidades e operar em outros estados, como Minas Gerais.

O empresário afirma ainda que para alcançar o sucesso, “não tem mágica, o segredo é a perseverança em todo o dia fazer o certo”.

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