O que é que a banana tem?

As receitas com fruta mais consumida no Brasil e no mundo


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Foto: Ninesh Saúde Vital

Banana, laranja, maçã, limão, tangerina, manga, abacaxi, pera, melão, uva, maracujá, abacate, coco, caqui, ameixa, pêssego e kiwi estão entre as frutas mais vendidas do Brasil. Toda essa variedade é ótima e faz muito bem para a saúde, oferecendo ampla gama de vitaminas e minerais. Mas, apenas o abacaxi e o maracujá dessa lista acima são frutas nativas do Brasil.

A banana, por sua vez, é fruta mais consumida no Brasil e no mundo. No entanto, a sua origem é o Sudeste Asiático, de regiões da Malásia, Indonésia e Filipinas, onde muitas bananeiras selvagens ainda crescem. Viajantes a levaram de lá para a Índia, onde é mencionada em escritas budistas datadas por volta de 600 a.C.

Em passagem pela Índia com seu exército, Alexandre o Grande da Macedônia viu extensos bananais em produção e provou seus frutos pela primeira vez. É dado a ele o crédito de levar a banana para o ocidente aproximadamente em 300 a.C.

Já a China tinha plantações de banana no século II d.C. Elas cresciam apenas na região sul do país, foram consideradas exóticas e não se tornaram populares entre os chineses até o século XX. Estranho isso ter acontecido logo na China, onde pensamos que se come de tudo.

Seguindo com os viajantes, a banana continuou sua expansão até chegar a Madagascar, ilha na costa sudeste da África. A partir do ano 650, guerreiros islâmicos viajaram para a África, onde trabalharam com o tráfico de escravos. Além dessa atividade, os árabes também tiveram sucesso comercializando marfim junto a grandes plantações de bananas.

O crédito pelo nome é desses árabes traficantes de escravos. As bananas que cresciam na África e Sudeste da Ásia eram pequenas se comparadas às de hoje. Conta-se que eram do tamanho de um dedo e por isso teriam usado o nome banan, palavra árabe para dedo. Os espanhóis, que não se sabe de onde encontraram alguma semelhança com a árvore que crescia na Espanha, deram a ela o mesmo nome dessa árvore em espanhol: plátano. Esse nome ainda é usado nos países hispânicos, além das palavras banana e banano. O significado destes três nomes variam conforme a região para diferenciar entre as variedades do fruto. No Brasil, a palavra plátano é usada para identificar a variedade banana-da-terra.

O comércio de escravos seguiu e estimulou viagens para o oeste e assim, a banana chegou à Guiné, na costa oeste da África. Em 1402, navegadores portugueses descobriram o delicioso fruto em suas viagens ao continente africano e propagaram a banana nas Ilhas Canárias, onde realizaram suas primeiras plantações.

Continuando sua viagem para o ocidente, em 1516 mudas de bananeiras foram colocadas em um navio pelo monge franciscano português Tomás de Berlanga, que as levou para a ilha caribenha de Santo Domingo, onde hoje fica a República Dominicana e o Haiti. Não demorou para que ela se espalhasse pelo Caribe, América Central e sucessivamente para outros países de clima tropical. No Brasil, acredita-se que a banana tenha chegado com os primeiros colonizadores.

As bananas passaram a ser comercializadas com intensidade e internacionalmente no final do século XIX, chegando até regiões de clima mais frio, onde fazem sucesso. Antes, ficava restrita aos países de clima tropical, pois não havia transporte adequado para frutas até o avanço dos sistemas de refrigeração no transporte marítimo e ferroviário. Com as modernas tecnologias em transporte e conservação, a banana se tornou ainda mais importante. De acordo com estatísticas da FAO (2009), a Índia é o maior produtor com 26,2 milhões de toneladas, que é quase de três vezes a produção do segundo colocado, Filipinas. No entanto, a maior parte da produção desses países é destinada ao consumo interno, enquanto que o Equador se destaca neste cenário, pois é responsável por mais de 30% das exportações globais, com uma produção de 7,6 milhões de toneladas.

A variedade banana cavendish, a mais produzida na atualidade, deve sua origem e seu nome a William Cavendish, nobre inglês do século XIX, em cujas estufas foram produzidas as primeiras plantas desta cultivar, mais conhecida como banana nanica no Brasil.

A variedade prata-anã foi um divisor de águas para a bananicultura brasileira, que, antes da sua recomendação, estava centrada no uso da cultivar prata-comum, de altura elevada e baixa qualidade dos frutos. A prata-anã permitiu uma revolução na produção brasileira da fruta, fazendo com que grandes áreas de cultivo aumentassem no território brasileiro.

Receita de Biomassa de banana

Lave as bananas verdes com casca (a quantidade depende do tamanho da sua panela de pressão). Coloque em uma panela de pressão e cubra de água. Tampe a panela e após pegar a pressão deixe por oito minutos, desligue e deixe que a pressão saia naturalmente. Em seguida tire as bananas, descasque coloque em um processador ou liquidificador e deixe bater até virar a massa, se precisar pode colocar um pouco de água para ajudar o processo.

Pode ser guardado até três dias na geladeira ou três meses congelada. Essa biomassa pode ser usada em diversas receitas, ela tão tem sabor de banana, é uma massa neutra. Se for congelada, opte em descongelar em banho maria para que ela não perca a estrutura.

Nhoque de biomassa de banana sem glúten

Ingredientes

– 675 gramas de biomassa de banana verde (se ela estiver endurecida, é só colocar no fogo com um pouquinho de água até ela virar uma massa e bater no processador novamente). Para preparar essa quantidade de BBV usei 1,2 kg de banana nanica verde.
– 300 gramas de farinha de arroz
– 2 colheres de sopa de azeite
– 2 colheres de chá de sal

Depois de bater novamente a BBV no processador, colocá-la em uma bacia e, aos poucos ir acrescentando a farinha de arroz, amassando bem. Depois que a massa estiver bem homogênea, em uma superfície limpa, livre de qualquer resquício de glúten e com um pouquinho de farinha de arroz, faça rolinhos e corte, com a faca, em pedacinhos.

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