Os incêndios florestais e o Dia do Bombeiro

No Vale, temos Bombeiros Militares e Bombeiros civis (voluntários), que fazem um ótimo trabalho limitados ao tamanho de cada corporação


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Foto: Reprodução

Dia 2 de julho, conforme decreto Lei 35.392 de 1954, é destinado aos bombeiros e seus serviços. É uma das mais reconhecidas e acreditadas instituições do Brasil. Sua história inicia com D. Pedro II no Rio de Janeiro em 1856 quando estabelece o serviço de bombeiros no Brasil. No Rio Grande do Sul (RS) iniciou em 1° de março de 1895 em Porto Alegre.

Não é só combate ao fogo, eles prestam diversos outros serviços como: salvamentos como vimos na enchente; socorro em acidentes de trânsito; lavagem de estradas; socorro com ambulâncias; afogamentos; salva-vidas; abastecimento de água; socorros médicos; avaliação de projetos de prédios para evitar incêndios e facilitar saídas; socorro aéreo e outros.

No Vale, temos Bombeiros Militares e Bombeiros civis (voluntários), que fazem um ótimo trabalho limitados ao tamanho de cada corporação.

Como estamos ligados a agropecuária, vamos abordar um dos maiores problemas ambientais brasileiro: os incêndios florestais. Para isto, existem brigadas de incêndios especializadas no combate ao fogo, que exige muita técnica por conta do risco.

As notícias do momento nos dão números preocupantes. No Brasil, só neste primeiro semestre de 2024 já foram 35.392 focos detectados por satélites. Na Amazônia, são 12.696 focos provocados por desmatamentos e abertura de áreas para pastagens, cultivos e mineração ilegal. No Cerrado, 12.097 focos. No Pantanal, sempre fizeram o uso de “queima controlada” para limpeza de campo em épocas de seca como agora e é crime ambiental. Só que me parece que perderam o controle e já são 3.262 focos e cerca de 627 mil hectares queimados. No RS, sempre tivemos histórico de queimadas para abrir espaço para cultivo e pastagens. Aqui no Vale aconteceu muito no passado. Até palha de soja era queimada. Ainda bem que diminui bastante e lembro é crime ambiental. Mas, em 2024 no estado já foram detectados 234 focos. Só por curiosidade Mato Grosso é o campeão brasileiro com 8.439 focos. (Dados do INPE- Instituto Nacional de Pesquisa Espacial).

Cerca de 99% dos incêndios tem a mão de pessoas provocando. Incêndios propositais, ou perda de controle de pequenas fogueiras, fagulhas de locomotivas, curto circuito, cigarro jogado na beira de estrada, queda de balão, etc. O restante são raios e fogo espontâneo da natureza autocombustão o que é muito raro.

Infelizmente, o Brasil vem batendo o recorde negativo de focos de incêndio florestal. A queimada libera CO2 para atmosfera, importante elemento químico para o aquecimento global. Perda de flora e fauna, degradação do solo e a fumaça atinge boa parte do Brasil causando problemas graves de saúde. Inclusive chega ao RS. Os bombeiros terão muito trabalho ainda e precisam ser reforçados.

Dicas: proteção para plantas contra geada

Foto: Divulgação

– O mais seguros são estufas, mas, com temperaturas muito baixas as plantas também sofrem.
– Cobrir as plantas com plástico e ou TNT de forma que não “encoste” na planta. Fechado ao anoitecer e abrir quando tiver sol para ventilar. Os arcos para suportar a cobertura podem ser de taquara, arame forte, ferro fino ou cano plástico…
– Em plantas individuais pode ser até potes/garrafas/tonéis e sacos plásticos ou pequenas barracas. Sempre abrindo durante o dia e não encostando na planta.
– Pequenas estufas encostadas na parede que bate sol funcionam bem.
– Cultivos próximo a janelas onde bate o sol pelo menos 5 horas.
– Vasos levar para lugar protegido a noite e colocar no sol de dia.
– Árvores frutíferas pode ser colocado junto ao pé folhas secas, palha em fim cobertura morta para proteger a base do tronco. (15 cm)
– Cultivo de meia encosta, quebra vento, sistema de toneis com serragem e fogo para fumaça nas madrugadas (mas não recomendaria), forçar a passagem de ar com ventiladores, sistema de regas por aspersão antes de formar a geada, neblina artificial. São formas mais para áreas de cultivos comerciais e precisam de técnicas apuradas.

Texto por Nilo Cortez, engenheiro agrônomo

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