O setor de transportes de cargas do Rio Grande do Sul ainda passa por muitas dificuldades, mesmo com alguns corredores e rodovias liberadas após terem sido afetadas pelas enchentes de maio no estado. O custo logístico aumenta com o tempo a mais no trânsito e necessidade de manutenção dos veículos devido à rodagem em condições mais adversas.
Estes já eram problemas enfrentados no dia a dia do setor, que foram agravados com as cheias, destacam empresários como Diego Tomasi, vice-presidente de Transportes do Setcergs, e Eduardo Richter, também um dirigente do sindicato das empresas de transportes de carga do RS.
Uma das saídas para amenizar os prejuízos e, ao mesmo tempo, contribuir com o suporte às pessoas atingidas pelas enchentes foi o Governo do Estado criar um mecanismo no qual o transportador se habilita para levar doações, e é remunerado para isso.
Em matéria estrutural, Tomasi e Richter devem que o Estado trabalhe na melhoria das rodovias e das ligações entre as cidades, com foco em resolver gargalos problemáticos e comprometedores como a falta de ligação entre Lajeado e Arroio do Meio e em corrigir as condições da ponte sobre o Arroio Boa Vista, na BR-386, em Estrela.
Os transportadores reconhecem o esforço do governo gaúcho em entregar a nova ponte sobre o Rio Forqueta, na ERS-130, até 3 de dezembro. Porém, consideram que é preciso fazer mais, buscar tecnologias modernas e sofisticadas para atender a demanda.
De acordo com eles, a logística regrediu 30 anos no Vale do Taquari com a enchente dos primeiros dias de maio, porque trechos da BR-386 ficaram fechados ou em pista simples, e a travessia Lajeado-Arroio do Meio foi destruída pela força das águas.
Texto: Tiago Silva
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