O valor da passagem de ônibus, no transporte público urbano de Estrela, terá aumento neste mês de abril, passando dos atuais R$ 4,70 para R$ 5,70, ou seja, um acréscimo de 21,28%. Conforme o secretário de Administração e Segurança Pública do município, César Augusto Pereira da Silva, o “Comandante César”, a prefeitura está há dois anos sem reajuste na tarifa do transporte público. Atualmente, o serviço é administrado pela empresa Trevosul, que possui contrato até 2028. O novo valor passa a ser cobrado a partir do dia 15 de abril.
Segundo o secretário, o valor estava defasado, inclusive com a empresa não tendo mais interesse em continuar com o serviço. “Eles estavam sofrendo prejuízo mensalmente, não era nem a questão de ter lucro, ou não ter lucro, era a questão que todo mês ter que aportar um dinheiro para cobrir o prejuízo, que são menos usuários, cada vez mais, e a questão dos isentos que, por lei, são idosos, pessoas com deficiência. Por isso, e também porque a passagem de Estrela, por ser praticamente a mais barata da região, eles precisavam, urgentemente, de ajuda”, explica.
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A negociação entre a prefeitura e a empresa durou cerca de dois meses, chegando no acréscimo de R$ 1. “A proposta da empresa seria aumentar em mais de dois reais, e o que nós falamos é que a gente não concordava, que não tinha como passar esse valor para a população, e aí ficou nesse valor de um real mais caro, que também é ruim, a gente sabe disso, mas foi o que a gente pôde fazer, e o que nós queremos é que se mantenha esse valor por um bom tempo”.
Estudo de subsídio e melhorias
A Prefeitura de Estrela nunca trabalhou com subsídio para o transporte público, mas estuda fazer isso no próximo ano. “É inviável agora também pela questão eleitoral, pelo prazo, mas foi tratado com a empresa que se for o caso, a partir do ano que vem a gente vai fazer sim, porque a gente não quer que seja repassado mais nenhum aumento para a população”, explica.
Em contrapartida, o município espera melhorias por parte da empresa. “Que não houvesse supressão de nenhuma linha, para que todas as pessoas pudessem ser atendidas, continuassem a serem atendidas, e também que melhorem as condições do ônibus, ar-condicionado, conforto, segurança, porque na verdade é uma concessão que é feita, e a prefeitura faz a sua parte, mas a empresa também tem que fazer a dela”, ressalta.
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Texto: Gabriela Hautrive
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