O Peru anunciou nesta segunda-feira (30) que avalia suspender temporariamente as visitas a Machu Picchu, depois de quatro dias de protestos de moradores locais contra a “privatização” da venda de bilhetes para acessar o local, um considerado Patrimônio Mundial. Segundo a ministra da Cultura, Leslie Urteaga, os líderes da mobilização propuseram o encerramento por razões de segurança, dada a falta de diálogo para levantar a medida que inclui o encerramento de empresas, marchas e bloqueios na ferrovia.
No fim de semana, mais de 1.200 turistas locais e estrangeiros que ficaram presos nos protestos foram evacuados de trem, alguns dos quais não conseguiram entrar no complexo pré-hispânico. A polícia organizou e guardou a saída, após os bloqueios nas estradas.
O serviço de trem, principal meio de transporte no local, está suspenso desde sexta-feira (26). O ministro da Cultura acrescentou que o governo só falará se for levantada a “greve” que deixa prejuízos diários de um milhão de soles (cerca de R$ 1,31 milhão). O protesto foi organizado por grupos do bairro Machu Picchu Pueblo, no departamento de Cusco, em repúdio à decisão do Ministério da Cultura de contratar um intermediário privado para gerir a venda online dos rendimentos.
Fonte: O Globo