A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) visita neste trimestre mais de 211 mil casas selecionadas de forma aleatória, para coletar dados socioeconômicos de todo o país. O número de residências em que o estudo ocorre representa 0,3% do total de domicílios espalhados pelo Brasil.
Paulo Hamester, coordenador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), avaliou no programa Troca de Ideias desta quinta-feira (18), que a Pnad serve para atualizar o Censo Demográfico realizado de 10 em 10 anos. A diferença é que as respostas reunidas pelo Pnad geram dados apenas a nível nacional.
Na região do Vale do Taquari, os municípios atendidos são Teutônia, Poço das Antas, Arroio do Meio, Encantado, Marques de Sousa, Progresso, Forquetinha, Estrela e Lajeado, o que totaliza 210 casas. Os representantes do IBGE realizam cinco visitas no ano, sendo uma a cada três meses, e as famílias recebem um aviso sobre a seleção antes da primeira entrevista. Todas elas possuem um núcleo básico de questões focadas na educação e trabalho, mas a cada encontro há o acréscimo de perguntas diferentes.
“A gente acompanha o domicílio neste período de um ano, nessas cinco entrevistas, pra ver o que muda, principalmente no mercado de trabalho”, explica Hamester.
Entre os dados indicados pela pesquisa, destaca-se a taxa de desemprego, que fechou o quarto trimestre de 2023 em 7.4%. Segundo Hamester, “no primeiro trimestre de 2021 a taxa de desemprego estava em 14.9%. É uma curva que vem caindo desde o período da pandemia, quando atingiu seu ápice”. A Pnad também constatou que 38.7% dos brasileiros ocupados trabalham de maneira informal, sem carteira assinada.
Ainda de acordo com o coordenador do IBGE, a participação na Pnad é importante para coletar informações que representam toda a população e podem provocar mudanças nas políticas públicas. “É um dado que vai contribuir pro planejamento do país, até porque 210 domicílios representam outros”, avalia Hamester.
Texto: Eduarda Lima
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