Polícia gaúcha faz operação contra facções em quatro estados da federação e em Portugal

Em um intervalo de 15 dias, os criminosos teriam movimentado mais de R$ 5 milhões com a venda das drogas


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Foto: Polícia Civil/Divulgação

Duas facções são alvo, nesta quarta-feira (10), do Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc). A ofensiva ocorreu simultaneamente no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Um traficante português também é investigado.

A chamada Operação Squadrone é coordenada por policiais da 2ª Delegacia de Repressão ao Narcotráfico. São 100 agentes gaúchos e mais 90, dos outros três estados. Eles cumprem 31 mandados de prisão, 40 ordens de busca e 26 bloqueios de contas bancárias. A ação tem o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

As diligências no RS ocorrem em Cachoeirinha, Canoas, Gravataí, Triunfo, Sapucaia do Sul e Rio Grande. Ordens também são cumpridas em Foz do Iguaçu e Miguel do Iguaçu, no Paraná, além de Ribeirão Preto e Itaquaquecetuba, em São Paulo. Outros mandados são feitos em Santa Catarina. Há cumprimento de ordens em Balneário Arroio do Silva, Balneário Rincão, Balneário Camboriú, Criciúma, Içara, Itajaí, Itapema, Joinville, Navegantes, Penha e Tubarão.

A investigação começou há quinze meses, quando foram detidos um homem catarinense e uma adolescente, do Paraná. A suspeita é que traficantes gaúchos e catarinenses se uniram em uma espécie de consórcio, que incluía aquisição em conjunto de armas e drogas em Foz do Iguaçu, no Oeste paranaense. Eles também compartilhavam a distribuição dos ilícitos.

O lucro do tráfico era destinado para contas de empresas de fachada, localizadas no Paraná e em São Paulo. Uma casa de câmbio, em Santa Catarina, e revendas automotivas gaúchas também foram utilizadas na lavagem de dinheiro.

De acordo com o delegado Rafael Liedtke, que coordenou a investigação, o tráfico de cocaína e crack era o foco dos grupos. Em um intervalo de 15 dias, os criminosos teriam movimentado mais de R$ 5 milhões com a venda das drogas.

Um dos principais investigados é um traficante português naturalizado brasileiro, que atualmente cumpre pena em Portugal. Ele vendia as drogas em seu perfil nas redes sociais e, com os lucros do tráfico, ostentava vida de luxo.

Outro suspeito é um apenado da Penitenciária Estadual De Rio Grande. Mesmo preso, ele negociava a venda de skunk, droga que também é conhecida como ‘supermaconha’. MS

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