“Precisamos mais de terrenos do que casas”, diz promotor de Justiça sobre reconstrução no Vale do Taquari

De acordo com Sérgio Diefenbach, o processo de realocação das famílias que perderam casas na enchente exige locais afastados das zonas de risco


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Sérgio Diefenbach (Foto: Eduarda Lima)

Os projetos habitacionais para a realocação de famílias afetadas pela enchente no Vale do Taquari segue sendo uma preocupação do Ministério Público.

“Precisamos mais de terrenos do que casas”, diz o promotor de Justiça de Lajeado, Sérgio Diefenbach. O desafio se dá em razão de conseguir novas áreas para serem ocupadas fora das zonas de risco.

O promotor relata ainda que em muitos municípios da região há problemas em relação ao financiamento ou à contratação de empresas para a realização das obras. “Fica perceptível que nos falta um planejamento e uma organização mais regionalizada”, considera.

A falta de organização faz com que algumas cidades tenham três ou quatro projetos residenciais, cada um em fases e processos diferentes. Diefenbach completa dizendo que “nenhum ente sozinho executa essa enorme e importante tarefa de realocação das pessoas que estão hoje afastadas de suas casas”, por isso a necessidade de comunicação entre os órgãos responsáveis.

Texto: Eduarda Lima
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1 comentário

  1. Vivo em SP mas sou natural dessa região. Presenciei a grande enchente de 1956, cujos índices foram próximos aos de setembro de 2023, com a diferença de que naquela época não se ouviu falar em perdas. O que mudou? Não seria o caso de tomarem providências rápidas e de baixo custo? Ex , construção de valas próximas ao rio e um pouco acima de seu leito, de preferência em áreas rurais, evitando que ele ganhe força em seu longo percurso.

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