Prefeito de Lajeado espera começar a entrega de imóveis às vítimas da enchente até o fim do ano

“A gente só vai conseguir virar a página desse assunto enchente quanto todos estiverem com seu teto, com seu canto estabelecido”, afirma Marcelo Caumo


0
Foto: Tiago Silva

O prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, espera começar a entrega de moradias pelo Minha Casa, Minha Vida para pessoas atingidas pela enchente de 4 de setembro até o final do ano. Para isso, espera a autorização da Caixa Econômica Federal para o começo das construções. O município requisitou 150 residências pela modalidade normal do programa habitacional, antes mesmo da cheia, e outras 150 na categoria calamidade.

Os locais de construção foram definidos há cerca de duas semanas, e já passaram por vistoria das equipes técnicas da Caixa.

As 150 casas da modalidade calamidade devem ser feitas em sete áreas, nos bairros Conventos, Conservas, Morro 25, Jardim do Cedro e Campestre. Já os imóveis pelo Minha Casa, Minha Vida normal serão em dois terrenos, nos bairros Santo Antônio e Igrejinha.

Todos terão cota de inundação acima dos 30 metros, e não pegaram água na cheia catastrófica de setembro. Outro critério para a seleção desses lotes foi a proximidade de equipamentos públicos, como escolas e postos de saúde.

Para acessar à modalidade calamidade, não há necessidade de financiamento bancário, porém a renda máxima é de até R$ 4,4 mil. Já pela categoria habitual do programa, a renda fica estipulada em até R$ 2,2 mil, com financiamento subsidiado pela Caixa.

“São processos que não dependem exclusivamente do município, mas nosso foco é conseguir fazer essas entregas”, destaca o prefeito.

As famílias que vão para essas casas ainda não estão definidas, mas a preferência pelo critério calamidade são para aqueles que perderam ou que tiveram as suas casas condenadas pela enchente.

Está no radar da Prefeitura de Lajeado a remoção de famílias que moram nas barrancas do rio e em regiões baixas, sujeitas à inundação. “A gente está muito dolorido e muito preocupado ainda com todas as consequências dessa enchente do início do mês de setembro”, afirma Marcelo Caumo, que tem duas pautas prioritárias na reestruturação pós-catástrofe ambiental e humanitária no Vale do Taquari: casas para as vítimas e linhas de crédito para as empresas.

“A gente só vai conseguir virar a página desse assunto enchente quanto todos estiverem com seu teto, com seu canto estabelecido. Então, as as casas para todas as cidades que foram atingidas da região é fundamental”, defende o gestor.

“E também essa grande preocupação é com o auxílio, as linhas de crédito para as pessoas jurídicas, porque agora venceu 30 da enchente. A maioria não conseguiu produzir, e as contas estão aí. Ter essas linhas de crédito para que os atos da vida normal das empresas possam ter sequência é fundamental”, argumenta.

Texto: Tiago Silva
[email protected]

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Por favor, coloque o seu nome aqui