O prefeito de Bom Retiro do Sul e presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), Edmilson Busatto, destacou, em entrevista à Independente no começo da tarde desta quarta-feira (3), que os gestores municipais que estão em Brasília entre esta terça e quarta-feira (3) buscam uma compensação financeira pelas perdas com as enchentes de maio.
O objetivo é obter uma reparação no ICMS e liberação de cotas extras do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Outro ponto é cortar caminho e vencer as burocracias para que o dinheiro anunciado pelo governo federal chegue de forma mais rápida, porque “os prefeitos são muito pressionados”.
Apesar do movimento de cerca de 400 prefeitos na capital federal pela reconstrução do RS, “até então de concreto mesmo, não temos nada, a não ser o encaminhamento de pedidos”, conta Busatto.
De acordo com ele, havia a expectativa de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participasse de encontros com os prefeitos nesta quarta-feira, o que poderia sinalizar uma boa vontade maior do governo federal em encontrar uma saída ao dilema econômico e social gaúcho depois da tragédia de maio.
Os prefeitos também nutriam a esperança de serem recebidos – pelo menos uma comissão, um grupo deles – pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. Mas é uma agenda não confirmada até então. “Era uma reivindicação”, pontua o presidente da Amvat.
“Ele disse que dinheiro não faltaria ao Rio Grande do Sul. Ele teria dito isso nas primeiras visitas ao Rio Grande do Sul”, recorda Busatto, ao reforçar a necessidade de os recursos chegarem de forma menos burocrática.
Texto: Tiago Silva
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