Agentes Comunitárias de Saúde e enfermeiros da Prefeitura de Lajeado participaram de um aperfeiçoamento sobre o atendimento e a inclusão de pessoas LGBTQIA+ na rede de atenção primária à Saúde via Sistema Único de Saúde (SUS). A atividade ocorreu na quarta-feira (17), com participação do Coletivo de Afirmação Vale Diferença, no Salão de Eventos da Prefeitura, e foi promovido pela Secretaria de Saúde de Lajeado.
A atividade abordou tópicos sobre termos e conceitos, a importância da valorização do nome social, legislações que determinam e garantem os direitos de pessoas LGBTQIA+, dados epidemiológicos de situações de violência, entre outros. Durante o treinamento, agentes de saúde de enfermeiros compartilharam experiências e esclareceram dúvidas quanto às recomendações para as abordagens de atendimento humanizado nas unidades de saúde, como a utilização do nome social.
Participaram como representantes do coletivo o fisioterapeuta e professor universitário Cândido Bronzoni, o pedagogo Anderson Farias e a cabeleireira e manicure Dandara Lima. Conforme Bronzoni, que também trabalha na área da saúde, momentos de fala sobre o assunto são essenciais para reforçar a existência do público LGBTQIA+ nas políticas públicas.
“Não só importante. Esse debate é essencial porque nós existimos nas políticas públicas de saúde. Então, é importante que os profissionais de saúde que estão na porta de entrada do SUS, como agentes de saúde e enfermeiros, saibam como incluir e fazer esse público permanecer nos atendimentos. É importante fazermos “micromovimentos” para mudar o ambiente em que estamos inseridos e fazer a inclusão”, explica Bronzoni.
O aperfeiçoamento faz parte das atividades de Educação Permanente em Saúde preconizadas pelo SUS. Conforme a coordenadora da Atenção Básica de Saúde de Lajeado, Michele Ravel, os agentes comunitários atuam na educação em saúde nas residências, sendo profissionais essenciais no fortalecimento de vínculos entre os pacientes e os serviços de saúde.
“Identificamos o tema de atendimento inclusivo às pessoas LGBTQIA+ como prioritário na nossa rede, pois precisamos garantir os princípios e as diretrizes que são preconizados pelo sistema no qual estamos inseridos. Tivemos uma tarde que propiciou reflexões importantes e um grande aprendizado para qualificar ainda mais a assistência em saúde”, explica a enfermeira da Sesa e coordenadora dos agentes de saúde, Ernanda Mezaroba. AI/VM