Qual a relação entre o coelho e a Páscoa?

Bacalhau de Páscoa é a receita desta sexta-feira


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Foto: nagumo.com.br

A Páscoa relembra a prisão, crucificação e morte de Jesus Cristo e celebra a sua ressurreição. A Páscoa também tem, como grandes símbolos, o ovo de chocolate e o coelho da Páscoa. A associação que existe entre ovo, coelho e Páscoa é estranha para muitos, afinal, o que tem a ver o coelho com uma festa cristã?

Na tradição consolidada atualmente, sobretudo nos países do Hemisfério Norte, o coelho da Páscoa é aquele quem traz os ovos de chocolate e os esconde para que as crianças possam procurá-los. Assim, é comum que, durante a Páscoa, os pais escondam os ovos de Páscoa para que as suas crianças procurem por eles.

Existem muitas teorias a respeito da origem do coelho da Páscoa, algumas afirmam que a associação do coelho com a Páscoa tem origens pagãs, enquanto outras teorias sustentam que o coelho, desde a Idade Média, já possuía uma relação direta com o Cristianismo.
Primeiramente, a consolidação do coelho como símbolo da Páscoa (e da maneira como comemoramos essa festa) aconteceu por volta do século XIX e está diretamente relacionada com a transformação da forma como o mundo ocidental enxergava as crianças. A partir do século XVII, tal forma transformou-se radicalmente, e a infância começou a ser vista como um momento preparatório para a vida adulta.

Essa transformação no modo como a infância era entendida contribuiu para as festas transformaram-se em celebrações mais caseiras e voltadas para o âmbito familiar. Nesse sentido, os ovos de Páscoa e o coelho da Páscoa foram símbolos importantes que consolidaram a Páscoa como um feriado doméstico.

A prática de decorar o ovo de Páscoa e sua associação com a Páscoa cristã têm origens diversas: A decoração de ovos era uma prática realizada por persas durante uma comemoração no equinócio de primavera (próximo à data que comemoramos a Páscoa), e a importância do ovo enquanto símbolo de renascimento esteve presente na cultura chinesa, por exemplo.

Na cultura pagã europeia, o ovo esteve associado a uma deusa da mitologia germânica, e a decoração de ovos era uma prática realizada por povos eslavos na região da atual Ucrânia. Existem histórias do Cristianismo Ortodoxo que relacionam os ovos à Maria Madalena, e o ato de pintar ovos de vermelho, nas regiões do Cristianismo Ortodoxo, era comum.

A respeito das múltiplas possíveis origens do coelho da Páscoa, nós temos teorias que o associam com o Cristianismo e com o paganismo. Vejamos as duas:

A teoria mais conhecida é aquela que relaciona o coelho de Páscoa com uma deusa da mitologia germânica (presente também na mitologia nórdica e na anglo-saxã) chamada de Ostara ou Eostre. Essa deusa era conhecida por ser uma deusa da fertilidade, e muitos acreditam que ela tem relação direta com o nome da Páscoa no Hemisfério Norte — Easter, em Inglês, e Ostern, em Alemão.

A relação de Ostara com o coelho da Páscoa (no Alemão, inclusive, coelho da Páscoa é osterhase, o que reforça essa aproximação com Ostara), segundo essa teoria, remonta a uma história em que a deusa Ostara transforma um pássaro em coelho para divertir algumas crianças. O pássaro (transformado em coelho) não estava feliz com a transformação e desejou voltar à sua forma original. Depois que isso aconteceu, como forma de agradecimento, o pássaro deixou alguns ovos coloridos para a deusa, que, então, os deu de presente para as crianças. Essa teoria fez com que Ostara fosse popularizada como a origem da associação dos ovos coloridos com o coelho e a Páscoa.

Com relação as possíveis origens cristãs do coelho da Páscoa há uma associação inicial com a lebre. Com o passar do tempo, a figura da lebre foi sendo substituída pela do coelho, um animal mais dócil e que se encaixava nas tentativas de tornar a Páscoa uma comemoração mais doméstica, conforme mencionamos anteriormente.

Em inúmeras construções de iconografia cristã, a lebre (ou o coelho) aparecia, e, aparentemente, na mentalidade cristã da Idade Média, existia uma relação da lebre com a virgindade. Isso fazia com que o animal aparecesse junto à Virgem Maria, e a origem dessa colocação pode ocorrer pelo fato de que muitos acreditavam que a lebre era um animal que se reproduzia assexuadamente.

Além disso, existe uma gama de outros objetos da iconografia cristã em que há a presença de coelhos e lebres, como os encontrados em Devon, na Inglaterra. Nas igrejas medievais dessa cidade inglesa, existem uma série de cruzes que possuem um círculo com três lebres (ou coelhos) interligados pela orelha. As teorias que explicam esse círculo de lebres são as duas seguintes:
• As lebres (ou coelhos) eram entendidas como um símbolo de castidade, pela crença existente de que elas conseguiam reproduzir-se sem perder a virgindade.
• Esses animais eram representados como um símbolo da Trindade, importante conceito do Cristianismo.

Outra relação do coelho com o Cristianismo sugere como, em muitos locais do Hemisfério Norte, o coelho passou a ser visto como um símbolo cristão. Isso porque, durante a época em que a Páscoa era comemorada (próxima ao Equinócio de Primavera), o coelho era um dos primeiros animais a serem vistos com o fim do inverno. Isso fez com que o animal passasse a ser enxergado como um símbolo da renovação e, portanto, da ressurreição.
Por fim, uma outra teoria sugere que a associação do coelho com a Páscoa foi obra dos protestantes, que afirmavam, para as crianças, que os ovos acumulados (resultado da Quaresma) eram trazidos pelos coelhos, sob a ótica que esses eram símbolos de fertilidade.

Bacalhau de Páscoa

• 1 kg de bacalhau dessalgado
• 700 g de batatas cozidas e passadas no espremedor
• 1 lata de creme de leite
• 2 cebolas grandes cortadas em rodelas
• 1 pote de azeitona sem caroço
• 1/2 xícara de azeite
• Manteiga pra untar

Modo de preparar

1. Refogue as cebolas no azeite até que elas murchem.
2.
Coloque as azetonas e o bacalhau refogue por mais uns 5 minutos.
3.
Acrescente a batata e o creme de leite mexa por mais uns 5 minutos.
4
.Desligue o fogo e acrescente mais um fio de azeite.
5.
Em um refratário untado com margaria coloque o bacalhau e passe margarina novamente em cima para que fique dourado.
6.
Leve ao forno por aproximadamente 20 minutos ou até que doure.
7.Sirva com arroz, é prático rápido e uma delícia

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