Recuperação das rodovias gaúchas irá custar R$ 230 milhões

Valor estimado inclui apenas ‘obras especiais’, como pontes e viadutos


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Foto: Nícolas Horn

Os estragos causados pelas enchentes que afetam o Rio Grande do Sul e devastaram as rodovias gaúchas deverão custar quase R$ 230 milhões. Os valores incluem apenas a recuperação das pontes, viadutos, passarelas e túneis, as chamadas “obras especiais”. O relatório preliminar foi elaborado pelo Daer (Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem) e dimensiona o tamanho do estrago.

Nesta sexta-feira (10), cerca de 40 trechos em 20 rodovias já foram liberados para tráfego. Na manhã de 30 de abril, quando as chuvas iniciaram, eram oito bloqueios totais, um bloqueio parcial e quatro pontos de observação nas rodovias. Ao longo das chuvas, chegaram em 170 pontos de bloqueios em 79 rodovias estaduais e 97 municípios.

Conforme os dados disponibilizados pelo DAER, na Região Metropolitana e parte do Vale do Caí, os maiores danos verificados foram nas rodovias federais. Nas rodovias estaduais, os eventos que mais geraram bloqueios foram água na pista e erosões, que já estão sendo contidos, por meio do contrato de conservação de rodovias.

Na região de Bento Gonçalves, mesmo em locais como a ERS-431, onde ainda havia uma ponte colapsada na enchente de setembro, novos danos ocorreram. Em Lajeado, a balsa foi levada pela correnteza, colidindo com a ponte do Rio Taquari. Na região, houve também danos em rodovias municipais, como na ponte da ERS-444, em Santa Tereza. Por ser a única ligação asfáltica do município, o Daer solicitou apoio ao exército para a instalação de uma ponte móvel.

As rodovias da região de Santa Maria também foram bastante prejudicadas. Na via estadual de acesso ao município de Dilermando de Aguiar, a ponte teve dano estrutural irreversível, com a ruptura de um dos pilares. Como é o único acesso ao município, o Daer solicitou apoio junto ao exército para a instalação de ponte móvel.

A região do Vale do Taquari foi uma das mais afetadas. Entre Travesseiro e Marques de Souza, a ponte colapsou. Apesar de ser uma via municipal, é a única ligação do município de Travesseiro com a BR-386. Por isso, o Daer também solicitou apoio do exército para avaliar a instalação de ponte móvel. Quedas de barreira, erosão no asfalto e água sobre a pista atingiram diversos pontos da região. Os trabalhos seguem em busca da desobstrução dos trechos bloqueados.

Na região de Cachoeira do Sul, na ERS-403, a água passando sobre a ponte do Rio Botucaraí provocou a interdição do trecho situado no km 39. Entre Agudo e Dona Francisca, na ERS-348, quilômetros de asfalto foram destruídos pela força das águas.

Fonte: Correio do Povo

1 comentário

  1. Tomara que reconstruam em breve , e se possivel, redimencionando quantidade de pistas das pontes que foram levadas…. ja pensando uns anos pra frente….

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