Renato Worm fala sobre trajetória no rádio e sua conexão com o meio desde o colégio

O apresentador foi entrevistado pelo Redação no Ar e recordou momentos especiais vividos ao longo de 33 anos de trabalho na Rádio Independente


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Renato Worm durante entrevista ao Redação no Ar (Foto: Eduarda Lima)

A programação especial para celebrar os 73 anos da Rádio Independente seguiu na tarde desta segunda-feira, (1º), com a entrevista de Renato Worm durante o Redação no Ar.

Hoje apresentador do programa Na Boca do Povo e coordenador da Rádio Feliz 89, Worm lembra que o interesse na comunicação surgiu ainda durante a infância. Sua vida profissional iniciou no exército, em Cachoeira do Sul, onde serviu por três anos. Na época, Worm intercalava suas atividades com brincadeiras relacionadas ao rádio, como o Grêmio Escolar, uma aula semanal presente no colégio que ele frequentava. “Cada aluno ou grupo fazia apresentações semanalmente, e as minhas apresentações normalmente eram de jornal falado”, recorda. Nesse mesmo período, as crianças da região participavam de programas de auditório da Rádio Independente.

A primeira oportunidade de Worm para atuar em uma rádio surgiu ainda em Cachoeira do Sul. De acordo com ele, a voz grave foi um dos motivos pelo qual foi convidado a fazer parte da programação de um veículo local. A partir disso, ele dividiu a rotina entre o quartel, o colégio e a rádio, o que fez com que criasse ainda mais interesse na área.

Durante o período de férias, retornou a Lajeado e visitou a Rádio Independente, época em que recebeu de Lauro Mathias Müller, ex-diretor-presidente do grupo, o convite para fazer parte da equipe. “Em 21 de setembro de 1976 eu estava subindo as escadas do prédio da Acil, na Praça do Chafariz, pro meu primeiro dia de trabalho no Grupo Independente”, relembra ele.

Junção do jornalismo e do entretenimento

Após ter passado por outros veículos, Renato Worm atualmente apresenta o programa Na Boca do Povo e também coordena a Rádio Feliz 89, que pertence ao Grupo Independente. “É uma rádio nova, uma programação nova, uma coisa diferente do que se tinha até aqui. Eu vim fazer uma coisa que eu fazia lá na década de 80”, afirma ele sobre as charadinhas, sorteios e a participação constante dos ouvintes na programação. Em contrapartida, o apresentador equilibra as atividades com o jornalismo tradicional, do qual não abre mão.

Mudanças no meio rádio

Ainda durante o Redação no Ar, Worm falou sobre as diferenças entre o jornalismo de antigamente e o que é produzido nos dias atuais. De acordo com ele, uma das maiores mudanças que trouxe para a Rádio Independente foi a participação dos ouvintes ao vivo na programação, o que no período do regime militar era um desafio. “Convencer o seu Lauro de colocar o telefone no ar foi dificílimo, porque o risco era muito grande de alguém dizer alguma coisa que na época pudesse fechar a rádio, pudesse tirá-la do ar em algumas horas ou coisa parecida”. Para Worm, o jornalismo tomou rumos diferentes principalmente por conta da internet, o que hoje permite que profissionais trabalhem com mais liberdade. “Hoje a gente tem essa tranquilidade de poder colocar, bota à disposição o contraponto que se faz necessário e tudo bem”, finaliza.

Texto: Eduarda Lima
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