Responsável por 90% das implosões no Brasil nas últimas quatro décadas palestra na Univates nesta terça

“A implosão é a ferramenta para grandes transformações urbanas”, afirma o expert, conhecido como ‘Manezinho da Implosão’


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Manoel Jorge Diniz Dias é engenheiro de minas (Foto: Tiago Silva)

O programa Troca de Ideias desta segunda-feira (13) conversou com a maior referência em matéria de implosão no Brasil, Manoel Jorge Diniz Dias, o “Manezinho da Implosão”. Nesta terça-feira (14), ele será o palestrante na aula inaugural do curso de Engenharia Civil da Univates. O Manezinho está na profissão há 43 anos, e nas últimas quatro décadas, participou de 90% das implosões realizadas no país. “A implosão é a ferramenta para grandes transformações urbanas”, afirma o expert.

Dias é pupilo de uma das maiores referências na área, o japonês Hugo Takahashi, que fez a primeira implosão no país. Desde o seu falecimento, em 1988, Manezinho ficou como o principal nome. Em sua carreira, o engenheiro de minas já tem mais de 200 demolições realizadas. Entre as principais estão do Palace II, em 1998, no Rio de Janeiro, implodido após desabamento que resultou em mortes; e o complexo penitenciário do Carandiru, em 2002.

No ano passado, o engenheiro foi o responsável pela implosão do prédio da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do RS, avariado após um incêndio ter condenado a estrutura.
Embora as demolições sejam complexas, o trabalho de realizar uma implosão é rápido e ágil, afirma Dias. Conforme ele, as ações mais difíceis são aquelas que envolvem tragédias em suas histórias, como o Palace II e o Carandiru, o que torna mais desafiador.

VÍDEO: Confira uma reportagem da época, na Globonews

Conforme ele, cada implosão é uma implosão. Há operações mais simples, em que a preparação ocorre em poucas horas, e outras que exigem semanas. A quantidade de explosivos varia desde 25 kg até 300 kg, quantidade utilizada no Carandiru. Eles são distribuídos em centenas de pontos na estrutura que será demolida. Na SSP em Porto Alegre, por exemplo, foram 115 quilos divididos em 700 pontos.

O trabalho todo é feito por uma quantidade reduzida de funcionários. Conforme Dias, “a implosão tem que se apresentar como uma alternativa competitiva à detonação convencional”, visando custo, prazo e segurança.

Entrevista durante o programa Troca de Ideias (Foto: Tiago Silva)

Saiba mais

A aula inaugural do curso de Engenharia Civil, coordenado pela professora Rebeca Schmitz, é promovida com o apoio da empresa Boqueirão Desmonte, que tem como gerente administrativo João Guilherme Guaragni Goergen.

O evento será realizado no auditório do prédio 7, a partir das 19h10. A palestra ‘Implosão: a arte da engenharia de demolição’ tem inscrição gratuita pelo site da Univates.

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