Ricardo Sander narra experiências em Dubai e destaca organização, planejamento e execução como diferenciais

“Lá as coisas acontecem”, define o jornalista e apresentador, ao citar grandes projetos em meio ao deserto da Península Arábica


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Profissional do Grupo Independente mostra a vista de Dubai do prédio mais alto do mundo (Foto: Arquivo pessoal)

No Redação no Ar desta sexta-feira (11), o jornalista e apresentador Ricardo Sander contou relatos, experiências e aprendizados vividos em 10 dias nos Emirados Árabes Unidos. Ele viajou para o Oriente Médio com a missão empresarial da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) para participar da Expo Dubai, que teve o tema “Conectando Mentes e Criando o Futuro”. A comitiva formada por 23 pessoas chegou em Lajeado nesta sexta-feira pela madrugada, após mais de 30 horas de viagem de volta para casa.

Conforme Sander, Dubai é uma cidade encantadora e dá vontade de voltar. “A expectativa que eu fui foi superada por tudo que eu vi em Dubai”, destaca. “Tudo isso valeu muito a pena”, afirma ele, que trouxe durante todo esse período reportagens especiais na programação da Rádio Independente e conteúdo multimídia nas plataformas digitais do Grupo Independente. Acesse os materiais por aqui.

O jornalista observa que o turismo de lazer e negócios representa muito para a economia de Dubai (cerca de 80%). A cidade é um dos sete emirados (uma espécie de principado) que formam a confederação árabe dos Emirados Árabes Unidos, uma monarquia absolutista de natureza islâmica governada por sheiks, rica em função do petróleo.

Pela cultura local, Sander nota que expressões de afeto em público como beijos, por exemplo, não são comuns nas ruas. Lá tem pena de morte para quem comete homicídio. Tráfico de drogas também é passível dessa punição. O apresentador da Independente lembra que há limitações para a venda e consumo de bebidas alcoólicas, principalmente para os habitantes locais, chamados de emirates. A venda ocorre somente em estabelecimentos como restaurantes, bares e hotéis, bem como em alguns pontos turísticos. Porém, o consumo não pode ser feito na rua.

 

O que mais chamou atenção de Sander foi a organização, o planejamento e a capacidade de execução dos árabes. “Lá as coisas acontecem”, define, ao citar grandes obras em meio ao deserto da Península Arábica. Em Dubai não há chuva, o clima é seco. Chove em média pouco mais de 100 milímetros por ano. Eles têm sistemas de irrigação com água tratada do esgoto, e também dessalinizam água do mar. A fiação da iluminação pública é toda subterrânea. O jornalista também exalta a limpeza da cidade: “A gente não vê sujeira”, resume.

Para a Expo Dubai foi construída uma estrutura com 4,4 mil metros quadrados, que vai se transformar numa cidade inteligente no futuro. Na feira, Sander e a comitiva de empresários viram mais ideias e conceitos — muitos dos quais inspiram para o desenvolvimento em nível de Vale do Taquari — do que projetos em si. Chamou atenção do radialista cápsulas que transitam por dutos em baixo da terra, a uma velocidade de 1,1 mil quilômetros por hora, e transportam pessoas de Dubai a Abu Dhabi em 10 minutos. Os dois emirados ficam a cerca de 140 quilômetros de distância. O projeto deve estar pronto em 2030. Outro destaque fica para drones que levam até sete pessoas por meio de aplicativo, uma iniciativa para 2025.

Cápsulas andam a uma velocidade de 1,1 mil kms por hora (Foto: Ricardo Sander)

Mas nem tudo é perfeito, moderno e de ponta em Dubai. Também há bolsões de pobreza e miséria que destoam do restante. Ricardo Sander relata que não chegam a ser favelas como no Brasil, mas o lado mais pobre da cidade tem moradias precárias e improvisadas no chamado Distrito Industrial. Nessa região predominam imigrantes, como africanos e do sul da Ásia, que moram em pequenos quartos com muita gente junta. As ruas são de areia, o que facilmente deixa os veículos cobertos de poeira.

O profissional do Grupo Independente percebeu grande diferença de condições e tratamento entre os emirates locais e os estrangeiros. Os nativos têm plano de saúde gratuito; quando têm filhos, ganham aumento salarial de 10% para cada criança; e se quiserem construir, o governo dá o terreno. “Para quem é local tem uma série de fatores muito interessantes”, narra o jornalista.

Saiba mais

A cobertura da Missão Empresarial Acil 100 anos para a Expo 2020 Dubai na Rádio Independente tem o apoio de Sollar Sul Energia Solar, Brincasa, Languiru, Smart Tecnologia em Comunicação e Kaimon Concessionária Kia e Mitsubishi.

Texto: Tiago Silva
web@independente.com.br

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