Rotina em espaço provisório já é quase igual a antes da enchente, destaca diretora da Associação dos Menores de Arroio do Meio

Instituição deixou a sua sede, no Bairro Navegantes, depois de ser atingida pelas enchentes de setembro e novembro de 2023, e maio de 2024. A ideia é construir uma sede própria no futuro


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A Associação dos Menores de Arroio do Meio (Amam) está em novo local em função de pegar três grandes enchentes, em setembro e novembro de 2023, e em maio de 2024, a maior da história do Rio Taquari.

A instituição, que tinha prédio próprio no Bairro Navegantes, agora está situada no Centro — pelo menos até dezembro. Para o futuro, a ideia é construir um espaço novo, em uma parceria que está sendo costurada com a prefeitura.

“Nós estamos em outro local porque a gente foi duramente atingido em setembro, em novembro e agora em maio, nem se compara”, destaca a diretora da Ama, Ingrid Soares. “Então, a gente optou por alugar um espaço temporariamente até dezembro, e estamos nas tratativas de fazer um recomeço em outro local”, conta.

“Em setembro, foi aquele susto: destruição de muros do lado de fora. Não entrou no segundo piso. Em novembro foi semelhante”, detalha. “A gente tinha motivação para fazer de novo porque o nosso segundo piso nunca tinha ido água. Mas maio foi um absurdo, levando o telhado do segundo piso, levou o telhado da nossa padaria que era o nosso depósito, levou o telhado dos banheiros, da dispensa. Os muros ficaram de pé — só os dois muros que a gente refez de setembro. O restante a gente perdeu tudo”, lamenta.

 

Deu para salvar apenas alguns equipamentos, como freezers, geladeiras e máquinas, que foram retirados antes da inundação completa. A parte pedagógica como mesas, classes, materiais, que foram levados para o segundo piso, foram destruídos pela enchente. “A perda foi absurda, uma tristeza imensa. Quinze dias a gente estava sem ver uma luz no fim do túnel, até que a gente resolveu alugar um espaço provisório”, relata.

Para Ingrid, a retomada se deu pensando nas crianças, “porque as crianças que estão com a gente, todas foram atingidas e elas têm que voltar a ter uma rotina de escola, e o contraturno é muito importante”, entende. “Eu ainda tenho aluno que está morando em ginásio porque ainda não tem casa”, pontua ela.

“Começamos nesse espaço temporário. Já temos uma estrutura que ficou muito bonita, muito acolhedora. É um novo momento, uma nova realidade, e a gente está muito feliz com essa caminhada”, comenta a diretora. O novo espaço já foi carinhosamente apelidado de ‘Casa Rosa’, na Rua Júlio de Castilhos, nº 83, abaixo do Hospital São José.

“Está tendo uma rotina quase igual a antes de maio. A gente diminuiu o tamanho, mas a gente está tentando manter a rotina”, pontua.

Para o futuro, Ingrid relata que a Amam está “em tratativas com a prefeitura para ver um terreno”. Mobilizações já ocorrem no intuito angariar recursos para a reconstrução em novo local, antes mesmo de uma campanha oficial ser lançada.

“Temos equipes de engenheiros e escritórios de engenharia que vão nos presentear com esse projeto. Ele é mais lento”, reconhece, em relação às definições de lugar, projeto e início das obras.

A Associação dos Menores de Arroio do Meio foi fundada em 18 de julho de 1970. A instituição atua no contraturno escolar, com alunos de 6 a 14 anos. São cerca de 85 estudantes vinculados, de sete escolas diferentes da cidade.

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