Saladas, a gastronomia e a saúde se encontram

No Brasil, mesmo antes do descobrimento os índios já utilizavam folhas como um complemento de sua alimentação


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Foto: minhareceita.com.br

Os primeiros indícios de consumo de salada datam do ano de 600 a.C. da mão dos persas. Este prato esteve também presente na gastronomia do período tardio do Antigo Egito, onde a cultura de frutas e hortaliças, como a alface, era comum entre os agricultores. A origem etimológica da palavra “salada” parece ser que se encontra no termo latino “herba salata”, que utilizavam os romanos para denominar a maneira de consumir os vegetais em cru temperados com água e sal.

Eles foram os criadores do nome insalata (ou salgada), que tem praticamente a mesma pronúncia em diversos idiomas: salade, em francês; salad, em inglês; ensalada, em espanhol; salat, em alemão, e salada, em português.
 Ao longo da história, o sal tem sido um dos condimentos mais apreciados pelas suas propriedades para a saúde e como recurso para conservar e cozinhar alimentos. Os romanos utilizavam o termo “insalare” para referir o facto de adicionar sal aos alimentos. Ainda que o sal era um dos ingredientes principais na elaboração de uma salada, o óleo vegetal veio somar-se cedo a esses primeiros temperos. Mais tarde, foram também incluídos o limão e o vinagre como novos temperos que aumentavam a duração deste saudável prato.

Na Roma antiga, já se conheciam mais de 100 tipos de vegetais, que eram servidos ao final das refeições, para digestão. Na Idade Média, frutas, legumes e hortaliças eram ingredientes nas refeições, enquanto os vegetais in natura eram consumidos por eremitas que viviam isolados da sociedade. Os vegetais frescos chegaram para valer ao Ocidente no século XVII. Os nobres passaram a ter suas próprias hortas e surgiram nos palácios, como o de Versalhes, estufas e orangeries, estruturas fechadas de vidro e ferro, construídas para proteger os pomares de laranja.

Por volta de 1860, na Rússia, os czares eram os maiores empregadores de chefs ocidentais. Foi um chef belga, Lucien Olivier, quem conseguiu a proeza de criar uma salada secreta, com sabores irresistíveis e um toque de nobreza. Em 1864, ele abriu em Moscou o restaurante Hermitage e incluiu no cardápio uma salada que combinava o refinamento dos molhos franceses aos sabores intensos das carnes de caça e dos peixes locais. O prato era composto de caviar negro sobre camadas de frango cozido no vapor, unidos por um molho grosso feito com carcaça de aves. Para finalizar, lagostim e pedaços de língua de boi temperados. Finalmente, no século XIX, as saladas passaram a integrar os cardápios, seja como entrada, seja como uma refeição completa, sempre acompanhadas por molhos frios para acentuar o sabor dos vegetais e hortaliças.

Aqui no Brasil, mesmo antes do descobrimento, os índios brasileiros já utilizavam folhas como um complemento de sua alimentação. Os portugueses trouxeram com eles o costume de consumir saladas, mas, diferentemente de outros povos europeus, preferiam vegetais cozidos como acompanhamento de carnes. A burguesia local passou a imitar a aristocracia portuguesa: introduziu a salada, a princípio apenas a combinação de alface com tomate.

O Cozinheiro Nacional, segundo livro de culinária, editado no Brasil (entre 1874 e 1888), de autor desconhecido, traz mais de vinte receitas de saladas com ingredientes como alface, batatas, beterrabas cozidas, anchovas, sardinhas. Mais recentemente, os brasileiros passaram a acrescentar outros ingredientes em suas saladas, tais como: alface de vários tipos (americana, francesa, romana, lisa, crespa), chicória, endívia, escarola, radicchio, rúcula, frutas (maçã, manga, kiwi) e queijos (gorgonzola, parmesão, coalho).

Hoje, é inaceitável imaginar a história da gastronomia sem receitas como a tradicional salada francesa Niçoise, à moda de Nice, no sul da França, que combina ovos cozidos, vagens, folhas, azeitonas e atum. Ou mesmo a mais americana das saladas, a Cesar, feita com alface americana, cubos de pão tostados, queijo parmesão e um molho à base de gemas.

Salada Ceasar de frango

1 peito de frango cozido com sal e 1 folha de louro
1 alface americana cortada em fatias
1/2 xícara de queijo parmesão ralado ou em lascas

Para os croutons

2 xícaras de cubos de pão de milho
2 dentes de alho amassados
2 colheres de sopa de azeite
Sal e pimenta (misture tudo e regue sobre o pão) asse em forno até que fiquem dourados cerca de 8 min a 180 – 200 graus

Para o molho

1/2 xícara de maionese caseira (1 ovo cru, 100 MLs de óleo, sal, 1 colher de chá de vinagre e 1 dente de alho) bata tudo no mixer até ficar com consistência cremosa)
1/2 xícara de creme azedo (1/2 xícara de creme de leite com 1 suco de limão)
1 colher de chá de mostarda de Dijon
1 colher de chá de molho inglês
Algumas gotas de tabasco
Pimenta preta
3 files de anchovas

Triture as anchovas
Misture os ingredientes do molho em um vidro e chacoalhe bem, em seguida adio e as anchovas

Monte a salada
Coloque a alface, o frango cortado em
Cubos e metade dos croutons e 2/3 do queijo, misture, em seguida adicione o molho, e o restante do queijo e croutons

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