Representantes dos municípios do Vale do Taquari visitam Cotiporã, na Serra Gaúcha, para conhecer melhor a estrutura da Cia Energética Rio das Antas (Ceran) nesta quarta-feira (24).
Em uma de suas falas, o diretor-superintendente da Ceran, Peter Eric Volf, disse que seria irrisório baixar o nível da barragem antes de uma cheia.
“Não teria praticamente contribuição nenhuma. Essa variação seria muito rápida, e o que a gente vê na condição de cheia de um rio é que ela demora horas, várias horas. Então, o amortecimento seria irrisório”, entende.
Ver essa foto no Instagram
O prefeito de Encantado, Jonas Calvi, questionou: “Se tu olhar a foto, é uma coisa óbvia: vai ver que para o lado de cima tem um monte de água e, se tu abrir a comporta da barragem, vai ver que vai baixar o volume e, no nosso subconsciente, vai dar um impacto menor.”
O diretor-superintendente respondeu: “Aquilo que você vai baixar é insignificante para aquele volume”. O gerente de Operação e Manutenção das usinas da Ceran, André Akashi, complementou: “Causaria um aumento artificial da vazão, isso a gente não faz.”
“Na verdade, numa situação de cheia, não existe esse impacto (minimizar a cheia na parte baixa da bacia). Na verdade, numa situação de cheia, o rio está enchendo esses 15 mil metros cúbicos por segundo. É o que a gente falou, enche o reservatório em alguns minutos”, pontuou Peter Eric Volf.
Ao descrever o momento da abertura das comportas — quando é tomada essa decisão por parte dos operacionais da Ceran —, Akashi disse que “a abertura não é de uma vez” e que “não aumenta a vazão” porque “o volume passado vai ser sempre igual”. “Se eu não abrir aqui (as comportas), vai passar aqui (por fora da barragem)”, explicou.
A explanação ocorreu na Casa de Cultura de Cotiporã, durante a manhã desta quarta (24).
Depois ocorrerá visita à Usina 14 de Julho, junto ao Rio das Antas.
