Suprema Corte da Colômbia é cercada por manifestantes durante escolha de novo procurador, e juízes saem escoltados

Em comunicado, a Suprema Corte classificou o cerco como "inaceitável", destacando que as manifestações prejudicaram gravemente o direito à liberdade de locomoção


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Foto: AP / Fernando Vergar

A Suprema Corte da Colômbia enfrentou tumulto nesta quinta-feira (8) enquanto os juízes votavam para selecionar o novo procurador-geral do país. O prédio da Corte foi cercado por manifestantes, resultando na intervenção da polícia para garantir a segurança dos magistrados, que deixaram o local em veículos escoltados.

Os protestos foram convocados pelo presidente Gustavo Petro, que pressiona pela escolha do novo procurador com base em uma lista sugerida por seu mandato. Sindicalistas, estudantes e representantes indígenas estiveram entre os participantes do protesto em Bogotá, que bloquearam o acesso ao edifício da Corte.

A polícia respondeu ao bloqueio dispersando a multidão com gás lacrimogêneo, após alguns manifestantes lançarem pedras contra as forças de segurança. Apesar dos confrontos, a polícia conseguiu restaurar a ordem na área.

Dentro da Corte, os juízes não chegaram a um consenso sobre o sucessor do atual procurador, Francisco Barbosa, alvo de acusações de Petro por supostamente tentar prejudicá-lo.

Em comunicado, a Suprema Corte classificou o cerco como “inaceitável”, destacando que as manifestações prejudicaram gravemente o direito à liberdade de locomoção. Além disso, expressaram preocupação com a segurança dos ocupantes do Palácio da Justiça, incluindo magistrados, funcionários e jornalistas.

Por sua vez, o presidente Petro defendeu o direito da Suprema Corte em escolher livremente o procurador e afirmou o direito da cidadania de se manifestar. Negando ser o responsável direto pela mobilização, ele alertou contra qualquer tentativa de ruptura institucional, prometendo uma resposta popular pacífica.

Fonte: AFP

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