A Suprema Corte da Colômbia enfrentou tumulto nesta quinta-feira (8) enquanto os juízes votavam para selecionar o novo procurador-geral do país. O prédio da Corte foi cercado por manifestantes, resultando na intervenção da polícia para garantir a segurança dos magistrados, que deixaram o local em veículos escoltados.
Os protestos foram convocados pelo presidente Gustavo Petro, que pressiona pela escolha do novo procurador com base em uma lista sugerida por seu mandato. Sindicalistas, estudantes e representantes indígenas estiveram entre os participantes do protesto em Bogotá, que bloquearam o acesso ao edifício da Corte.
A polícia respondeu ao bloqueio dispersando a multidão com gás lacrimogêneo, após alguns manifestantes lançarem pedras contra as forças de segurança. Apesar dos confrontos, a polícia conseguiu restaurar a ordem na área.
Dentro da Corte, os juízes não chegaram a um consenso sobre o sucessor do atual procurador, Francisco Barbosa, alvo de acusações de Petro por supostamente tentar prejudicá-lo.
Em comunicado, a Suprema Corte classificou o cerco como “inaceitável”, destacando que as manifestações prejudicaram gravemente o direito à liberdade de locomoção. Além disso, expressaram preocupação com a segurança dos ocupantes do Palácio da Justiça, incluindo magistrados, funcionários e jornalistas.
Por sua vez, o presidente Petro defendeu o direito da Suprema Corte em escolher livremente o procurador e afirmou o direito da cidadania de se manifestar. Negando ser o responsável direto pela mobilização, ele alertou contra qualquer tentativa de ruptura institucional, prometendo uma resposta popular pacífica.
Fonte: AFP