“Temos que diminuir a cultura do descartável”, afirma bióloga sobre cuidados com o meio ambiente

Para a professora Elisete Maria de Freitas, a sociedade está caminhando na contramão das próprias necessidades e precisa ser sensibilizada


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Elisete Maria de Freitas (Foto: Eduarda Lima)

Durante o programa Troca de Ideias desta quinta-feira (4) a professora e pesquisadora dos programas de Pós-Graduação em Sistemas Ambientais Sustentáveis e em Biotecnologia na Univates, Elisete Maria de Freitas, falou sobre a necessidade de sensibilização acerca de assuntos relacionados ao meio ambiente, além de abordar iniciativas realizadas pela universidade nesse meio.

Ainda no dia 23 de março, a 17ª edição da ação Viva o Taquari-Antas Vivo envolveu cinco municípios na recolha de resíduos nas margens do rio Taquari. Foram 4,5 toneladas recolhidas por voluntários de Lajeado, Arroio do Meio, Bom Retiro do Sul, Cruzeiro do Sul, Estrela, Roca Sales e Venâncio Aires. A quantidade de itens como garrafas de vidro, madeira, tecidos, plásticos e ferros serve como alerta para a necessidade de conscientização ambiental, que, segundo Elisete, deve partir de cada pessoa.

“Conscientização é algo que vem de cada um, a partir daquilo que a gente vai aprendendo, vai vendo, vai percebendo e que a gente precisa mudar. Cada um precisa promover a sua própria conscientização”, afirma a professora. De acordo com ela, as ações realizadas devem ter foco na sensibilização e em evidenciar que cada organismo é essencial para a manutenção do ecossistema.

Em sua visão, a sociedade caminha na contramão das próprias necessidades ao priorizar o aumento das produções e utilizar itens como sacolas, garrafas e copos plásticos. “Nós poluímos a água que a gente bebe, o solo onde a gente produz o nosso alimento, a gente está matando os insetos que polinizam e nos garantem os frutos”, explica.

A bióloga avalia que para mudar o cenário devem ser tomadas atitudes básicas, como usar uma garrafa de água própria, separar o lixo, reduzir uso de sacolas plásticas, plantar árvores, flores e respeitar todos os organismos.

No Vale do Taquari

Na entrevista, Rosane também ressaltou que recentemente a Univates lançou dois guias para auxiliar a comunidade na região do Vale do Taquari a identificar espécies presentes nas margens de cursos d’água. Os materiais são ilustrados e abordam espécies vegetais nativas de florestas ribeirinhas, bem como plantas exóticas invasoras que prejudicam o ambiente.

“Existem árvores e espécies que são específicas para o plantio nesse tipo de ambiente, que tem um sistema radicular que vai ajudar a segurar o solo, não vão crescer muito, vão ser cheias de ramificações e vão ajudar a reduzir a força da água”, explica.

Texto: Eduarda Lima
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