Todos os dias, o simpático cachorrinho chamado Toddy, do Bairro Florestal, em Lajeado, sai para dar seu passeio. Mas não é uma voltinha comum. Ele visita pelo menos dez estabelecimentos comerciais, faça chuva ou faça sol. Inclusive, já é esperado nos locais. Além disso, todos cuidam dele e ficam de olho, para alívio do tutor, o proprietário de uma mecânica, Sandro Soldi, o “Peixe”. Há três anos, esse menininho mudou além da rotina da vizinhança a vida da família que o adotou.
“Ele chegou aqui bem pequeno, trazido por uma pessoa que queria vendê-lo por R$ 3. Mas como eu tinha R$ 5, a pessoa quis deixar também o irmão dele. Acabamos ficando somente com Toddy e o apelido dele era 5 pila. Meu filho então batizou o novo integrante da família, que hoje tem três anos de idade. Ele já nasceu livre, porque nunca conseguimos deixar preso. Ainda filhote, começou a circular pela vizinhança e, aos poucos, ampliou o roteiro. Todos dão comida, roupas e até levam no petshop. Eu fico sabendo onde ele está pelas fotos que mandam pelo WhatsApp”, afirma o tutor.
Antes de iniciar as andanças pelo Florestal, tem sempre o ritual do café da manhã, que ele espera ansioso. E não adianta dar café sem açúcar, porque ele não gosta.
Depois, segue para ver os amigos do bairro onde recebe petiscos, água, frutas e vários outros agradinhos. Uma relação que vai além da amizade entre humanos e pets, é uma vida baseada na liberdade imposta pelo próprio Toddy.
Na loja de consertos de eletrodomésticos, depois de um bom dia rápido para a Franciele Korbes, todos os caminhos levam a geladeira. “Ele já chega gritando, passa pelo corredor e vai até a geladeira pedir comida. Enquanto eu não dou algo, ele continua latindo. Às vezes, fica aqui na loja por várias horas ao lado da minha cachorrinha, a Dinni, que também adora a visita. Ele é muito amado por todos”, conta.
O roteiro ainda passa pelo restaurante na hora do almoço, segue por outros comércios, ganha um colinho aqui outro ali, até chegar na revenda de carros onde também gosta de interagir com a equipe e com os clientes.
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“Todos os dias ele vem. E quando ele chega, vai direto para a cozinha para pedir comida ou água. Se não recebe atenção, ele começa a latir. E não aceita qualquer coisa. O que ele mais gosta é torresmo. Além de vir aqui durante o dia, sempre volta no fim da tarde para ganhar uma carona até as oficina onde mora”, conta Diomar Duarte, o Mano.
E se alguém ainda duvida que os pets escolhem com quem querem estar, aí está a prova de que sim! Eles sabem exatamente onde, quando e com quem querem dividir a vida. Pelo menos o Toddy sabe!
Texto: Rita de Cássia
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