“Uma Casa Por Dia”: projeto pode entregar moradias definitivas aos atingidos pela cheia já na próxima semana

Programa reúne diferentes frentes de trabalho para tornar ágil a reconstrução de residências no Vale do Taquari através da arrecadação de recursos


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Foto: Fernanda Kochhann

O projeto “Uma Casa Por Dia” surge através do esforço conjunto da iniciativa privada, poder público, universidade e comunidade, e pode entregar residências definitivas aos atingidos pela enchente no Vale do Taquari já na próxima semana.

A iniciativa busca arrecadar doações de empresas nacionais e internacionais, além da população em geral, para devolver dignidade aos desabrigados de forma rápida. Em parceria com as prefeituras de cidades mais afetadas, como Cruzeiro do Sul, Arroio do Meio, Muçum, Encantado e Lajeado, os terrenos aptos para receberem as construções estão sendo analisados. A prioridade é por áreas não alagáveis, longe de encostas e próximas de serviços básicos, como escolas, unidades de saúde e transporte.

“Não é desejo termos grandes conjuntos habitacionais porque isso historicamente não é o mais recomendado”, esclarece o promotor de Justiça, Sérgio Diefenbach. Ele completa dizendo que “a construção de casas em locais seguros é a porta para uma solução definitiva, então isso precisa de um investimento grande”.

Tiago Guerra e Sérgio Diefenbach (Foto: Fernanda Kochhann)

Ele calcula cerca de R$ 120 mil como um bom valor para iniciar as obras. O nome do projeto condiz com o tempo de entrega, já que os sistemas de construção que serão utilizados realmente ficam prontos em um dia. A Universidade do Vale do Taquari – Univates é parceira da campanha e propõe métodos industrializados para as edificações, o que inclui estruturas de concreto, isopor, metal e madeira.

Cristiano Pereira (Foto: Fernanda Kochhann)

“Estamos trabalhando com alguns projetos que a gente desenha dentro do Escritório Modelo de Arquitetura como sugestão, e alguns modulares que já estão com estrutura e projeto pronto”, explica o coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Univates, Cristiano Pereira. As residências serão de diversos modelos e terão entre 44m² e 54m², garantindo conforto às famílias.

De acordo com Tiago Guerra, diretor da Agência de Desenvolvimento e Inovação Local (Agil), que também participa da mobilização, um dos benefícios é a capacidade de flexibilização do projeto. “A gente consegue ser muito dinâmico e ir se adaptando às dificuldades que aparecerem, não é um programa de governo engessado”, ressalta.

No momento, o projeto tem como prioridade a captação de recursos e a definição dos terrenos em conjunto com as prefeituras. A escolha das famílias que ocuparão as moradias também será responsabilidade das administrações.

Doações podem ser feitas através do Pix [email protected] ou via PayPal, neste link. O projeto também possui uma conta no Instagram, @umacasapordia, onde estão todas as informações sobre como é possível ajudar. EL

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