Produtores e agricultores familiares de Estados afetados por eventos climáticos, ou com dificuldades para vender, poderão renegociar dívidas, de crédito rural para investimentos, que vão vencer em 2024. A Resolução do Conselho Monetário Nacional está publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (1). Os agricultores familiares que produzem leite, carne, soja e milho podem renegociar parcelas de investimento do Pronaf entre 15 de abril e 31 de maio. O refinanciamento não é automático, o agricultor necessita ir até o seu banco e fazer a solicitação.
A prorrogação foi autorizada no final da semana passada pelo Conselho Monetário Nacional e é considerada um alento para os produtores gaúchos, que enfrentam dificuldades em decorrência de adversidades climáticas e da queda nos preços dos produtos.
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A prorrogação das parcelas, conforme a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) beneficia agricultores que tenham até três anos para finalizar o pagamento do financiamento, incluindo o ano de 2024.
Nas linhas de crédito, com última parcela prevista para vencimento até 2026, 100% do valor das parcelas relativas a 2024, podem ser reprogramadas em até um ano, após o vencimento da última, prevista no cronograma de reembolso vigente. Já em relação às operações previstas para depois de 2026, as parcelas, de 2024, seriam somadas ao saldo devedor e redistribuídas nas demais parcelas, a partir do ano que vem.
A renegociação autorizada abrange operações de investimento, das parcelas com vencimento em 2024, que podem alcançar mais de R$ 20 bilhões em recursos equalizados, mais R$ 6 bilhões em recursos dos fundos constitucionais, e cerca de R$ 1 bilhão em recursos obrigatórios.
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(Foto: Divulgação)
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Estrela comenta sobre a medida adotada. “Tivemos muita perdão de produção, alimentos e de animais. O agricultor não tem mais gordura, ele já queimou tudo, não tem dinheiro sobrando, então ele fez o financiamento. E devido a uma reinvindicação da Fetag, sobre refinanciamento, fomos atendidos”, cita Heemann.
Texto: Marcelo Cardoso
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