Após a enchente catastrófica de 4 de setembro, a Associação Comercial e Industrial de Lajeado foi novamente inundada pela cheia deste fim de semana. “Estamos de novo na limpeza da Acil, só que dessa vez a gente acaba tendo experiência na enchente, tendo mais pratica. Agora, conseguimos levantar tudo. Foi tudo para o segundo andar, então o estrago foi mesmo de sujeira e lodo”, explicou a presidente da entidade, Graciela Black, em entrevista à Rádio Independente nesta terça-feira (21).
“Além de vim mais lenta, com menos força, as pessoas estavam mais preparadas. Já tinham levado um susto muito grande e não queriam perder de novo”, observa.
“Na anterior, a gente pensava ‘nunca entrou aqui e não vai ser agora’. ‘Não, já entrou e vamos sair’”, diz ela, sobre o raciocínio para a resposta preventiva.
Essa percepção reduz os prejuízos. “Tudo eram peças novas e a gente conseguiu salvar. Mas eu sempre digo: ‘A Acil é uma entidade, ninguém mora lá’. A gente tem que se preocupar muito com as pessoas, que estão desabrigadas, e com as empresas que não estão faturando agora porque ainda precisam limpar e arrumar”, destaca.
Apesar de ser afetada duas vezes em pouco tempo, a direção da Acil não pensa em sair do atual prédio, que é próprio, na Rua Silva Jardim, no centro de Lajeado.
“Depois da primeira enchente, a gente só pensava em limpeza, que seria impossível vir uma outra. Agora, a gente já pensa em subir tudo para o segundo andar porque lá não pega enchente. Então, quem sabe pensar num salão de ventos no segundo andar. Na parte administrativa, tem espaço no segundo andar. De repetente, pensar num elevador, numa acessibilidade para o segundo andar. Mas trocar de lugar fica bastante oneroso. Daqui a pouco, um investimento que não comporta nesse momento”, entende Graciela.
Texto: Tiago Silva
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