Após falhas do sistema estadual, municípios do Vale do Taquari trabalham em conjunto para ter informações precisas sobre o clima na região

De acordo com o prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, a ideia é colher dados desde Santa Tereza até Venâncio Aires, para saber como a chuva pode influenciar em cada local


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Marcelo Caumo (Foto: Eduarda Lima)

A imprecisa previsão de elevação do Rio Taquari informada pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul na última segunda-feira (17) motivou municípios da região a trabalharem em conjunto em busca de um sistema de dados mais exato sobre o clima na região.

Conforme o prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, foi realizada nesta sexta-feira (21) uma reunião entre representantes de dez cidades. A proposta é coletar dados que vão desde Santa Tereza, na Serra Gaúcha, até Venâncio Aires. “Que a gente tenha tudo isso entre os dez municípios e essas informações circulem entre esses dez municípios”, cita Caumo.

Os prefeitos querem uma resposta precisa sobre a medição do rio, além de entenderem a necessidade de estudos sobre o barramento e a dragagem.

De acordo com Caumo, o serviço tanto do estado, quanto do governo federal são falhos porque “sempre que a gente precisa se socorrer das informações, seja do CPRM ou de outros órgãos, na maioria das vezes o sistema está fora do ar”.

No início desta semana, a Sala de Situação do RS alertou que o Rio Taquari chegaria aos 28 metros no Porto de Estrela na noite de terça-feira (18), de forma semelhante à enchente de 2023. Segundo Caumo, a explicação dada pelos órgãos responsáveis foi de que as chuvas se concentraram no centro-sul do estado, não influenciando na elevação.

A previsão estava equivocada, assim como o erro do vice-governador Gabriel Souza durante a cheia de maio, quando ele afirmou que a elevação da cota iria para 40 metros em virtude do suposto rompimento da barragem 14 de julho.

Ainda segundo o prefeito de Lajeado, o radar meteorológico que será instalado em Montenegro seria capaz de prever que a chuva não aconteceria nas cabeceiras. “Já seria outro diagnóstico do que a gente teve naquela noite”, afirma. O equipamento fabricado na República Tcheca será capaz de monitorar o clima na Região Metropolitana de Porto Alegre, do Vale do Taquari e da Serra.

Texto: Eduarda Lima
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