Bancada gaúcha e MP-RS se mobilizam em Brasília na busca por soluções ambientais para efeitos da estiagem

Trabalho objetiva minimizar impactos da seca e propor alternativas de prevenção, como a identificação de soluções ambientalmente adequadas e possibilidade de modernização legislativa


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Foto: MPRS/Divulgação

Em Brasília, uma mobilização gaúcha busca recursos para recompor parte do prejuízo que o agronegócio acumula em função da seca e de mudanças legislativas para retirar entraves e prevenir as perdas provocadas pela estiagem no Estado.

A comitiva de deputados federais gaúchos e o Ministério Público do Estado (MP-RS) se reuniram nesta terça-feira (8) com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).


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O grupo foi formado pelos deputados federais Alceu Moreira (MDB), Elvino Bohn Gass (PT), Giovani Cherini (PL), Covatti Filho (PP), Lucas Redecker (PSDB), Marcel van Hattem (Novo) e Ubirartan Sanderson (União Brasil). O Executivo estadual foi representado pela secretária de Relações Federativas, Ana Amélia Lemos.

Durante o encontro, procurador-geral de Justiça, Marcelo Dornelles, e o representante do escritório do MP-RS em Brasília, Fabiano Dallazen, relataram o trabalho que vem sendo realizado pelo grupo de trabalho (GT), mediado pela instituição, com objetivo de buscar soluções para impactos da estiagem e alternativas de prevenção, como a identificação de soluções ambientalmente adequadas para o agronegócio, para o desenvolvimento das comunidades rurais e ao próprio meio ambiente.

Em outra frente, um dos principais objetivos dos parlamentares e Executivo gaúcho é a articulação junto aos ministérios e com a cúpula do Congresso para remover entraves a fim da liberação de linhas de crédito rural e na destinação de recursos do Orçamento da União.

Faltas sentidas

No RS, em Não-Me-Toque, é realizada nesta semana a 22ª Expodireto Cotrijal, de segunda (7) até sexta-feira (11). A solenidade de abertura do evento, um dos maiores do Brasil para o agronegócio, contou com a presença de lideranças empresariais e políticas. A bancada gaúcha de deputados estaduais e federais marcou presença em peso, bem como os senadores.

Por outro lado, as ausências foram sentidas e a insatisfação do setor, manifestada. Com o governador Eduardo Leite em missão pelos Estados Unidos, o Governo do RS foi representado pelo vice-governador Ranolfo Vieira Júnior. O sentimento do agro é que o governador não deveria ter marcado agenda fora do país na semana de um evento como a Expodireto, em respeito e em respaldo ao setor, que acumula prejuízos nesta safra em função da seca.

Também sobraram reclamações pela falta de alguém do governo federal, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o presidente Jair Bolsonaro. Nem o vice-presidente, general Mourão, que será candidato ao Senado pelo RS, estava.

O presidente da Cotrijal, Nei César Manica, foi ao microfone no final do ato de abertura e cobrou. Foi uma cobrança dura e inesperada, na frente de parlamentares e lideranças do agro.

O Vale na feira

O Vale do Taquari acompanha a Expodireto atentamente, pela sua importância para o setor primário, com cobertura da Rádio Independente em reportagens de Alício de Assunção e Joel Alves. Na abertura do evento em Não-Me-Toque estava presente também o presidente da Languiru, Dirceu Bayer. A cooperativa está com um estande apresentando aos visitantes o seu mix no parque da feira, assim como Sorvebom e Zebu Cercas Elétricas.

Douglas Sandri é engenheiro, presidente do IFL Brasília e assessor parlamentar. Nas quartas-feiras, analisa os fatos políticos no quadro “Direto de Brasília”

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