O caso da entrega irregular de areia em uma propriedade particular segue rendendo discussões em Lajeado, após um vídeo flagrando a situação se espalhar pelas redes sociais. A prefeitura afastou um servidor que fazia esse controle interno e devolveu um concursado que é da Câmara, mas que estava cedido para o Executivo, onde atuava como motorista. Assim que tomou conhecimento, o prefeito Marcelo Caumo abriu uma sindicância interna para apurar as responsabilidades e estabelecer a punição cabível. Em entrevista ao Troca de Ideias desta sexta-feira (23), o gestor relatou o que se sabe até agora.
“O objetivo da sindicância, que foi instruída a partir do momento que a gente tomou conhecimento da conduta, é que ela possa apurar, de forma imparcial e esclarecedora, todos os fatos”, ressalta o prefeito. “Tomando conhecimento, nós abrimos a sindicância e devolvemos o servidor que estava cedido pela Câmara ao Executivo. Agora, a gente fez o ofício restituindo ele para a Câmara de Vereadores. Ele segue trabalhado, é servidor concursado e responde à sindicância no trabalho. Nós suspendemos o contrato de um outro servidor, cargo em comissão, que fazia o controle desse serviço. Esse afastamento é sem remuneração”, explica.
“Condutas de destinação de bens públicos são vedadas durante todos os dias, durante todos os períodos do ano. Ano eleitoral se tem um controle ainda maior e presente, justamente porque se trata de ano eleitoral”, reconhece o gestor municipal.
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“O que de fato a gente apurou? Era um serviço que estava sendo executado no Parque dos Dick, recolhendo areia das quadras de areia porque, neste final de semana, tem um evento do Viva o Verão e estavam sendo reformadas as quadras, e essa carga de areia foi colocada num caminhão, um caminhão que tem GPS, e ela foi destinada a uma propriedade particular”, detalha.
Como ela sofreu com as enchentes e tinha muito tempo de uso, o destino correto dessa areia era o descarte. “São esses os elementos que a gente tem, e agora a gente invoca a sindicância para apurar”, pontua Marcelo Caumo.
A comissão de sindicância é composta por servidores concursados. “Eu acredito que não seja um processo demorado, que seja um processo célere, afinal de contas, os envolvidos estão identificados e a comissão vai traçar uma estratégia para elucidar e responsabilizar as pessoas”, entende o prefeito lajeadense.
Texto: Tiago Silva
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