O Comitê da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas se reúne com autoridades e representantes de diferentes categorias nesta sexta-feira (28), para definir ações com intuito de prevenir desastres climáticos extremos. Essa, que é a última etapa do plano de ação, está sendo realizada na Universidade de Caxias do Sul (UCS). A fase A, de diagnóstico e prognóstico do que precisa ser feito em relação ao Rio Taquari e a fase B, que estabelece os cenários a serem trabalhados, foram finalizadas em 2012.
Em sua explanação, a presidente da Bacia, Adelaide Ramos, frisou que se dará início ao Plano C, para colocar em prática as 28 iniciativas que já estão estabelecidas. Entre as alternativas indicadas pelo estudo estão soluções para a conservação do solo, o armazenamento de água das chuvas, preservação da mata ciliar, desassoreamento e dragagem. “Temos que entender o caminho das águas e entender a Bacia-Hidrográfica. A coleta de água, a junção de água que vem do topo da bacia, faz com que o que acontece na região alta, gere consequências na região baixa”, reforça a presidente ao pedir um esforço coletivo para a conclusão do planejamento.
Ao todo, 119 municípios pertencem a esta bacia. O Vale do Taquari está representado pelo vice-presidente da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas, Júlio Salecker; prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo; prefeito de Estrela, Elmar Schneider; prefeito de Bom Retiro do Sul e presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), Edmilson Busatto; vice-prefeito de Muçum, Amarildo Baldasso; presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), Cíntia Agostini; presidente da Câmara de Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC-VT), Ângelo Fontana, presidente da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), Joni Zagonel; presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Lajeado (CDL), Giselda Hahn, além de vereadores e lideranças da região.
O prefeito de Estrela, Elmar Schneider, falou em nome dos prefeitos e cobrou agilidade. “Não adianta apenas anúncios, você precisa olhar para aquilo que efetivamente pode acontecer, se a solução for dragagem, que seja, mas que não fique apenas no debate, em discursos. É momento de agilidade, é momento de pressa”, aponta.
O prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, destacou que é importante ter um projeto para diminuir a elevação do nível do rio.
“O enfrentamento dessa grande tragédia, que foi a enchente de maio de 2024, que foi a enchente de setembro de 2023, passa também pelas ações para fazer com que o rio não suba 20 metros. Não existe lugar no mundo que rio sobe nessa quantidade que o Rio Taquari tem subido e nessa velocidade que sobe de Lajeado a Estrela; então é fundamental estar definindo quais as ações que serão importantes para que ele não suba 20 metros. A enchente faz parte da nossa história, nós sempre vamos conviver com enchente; o que a gente não suporta, e é muito dolorido para cada uma das cidades, são essas cheias dessa magnitude impressionante que tomam o centro, tomam as casas, destroem casas e trazem prejuízos bilionários para cada uma das cidades”, explana.
A partir do planejamento, segundo Caumo, o Comitê precisa ir atrás de recursos para viabilizar estes planos. As ações são de médio e longo prazo.
A vice-prefeita de Caxias do Sul, Paula Ióris, destacou a importância da união de todos os municípios. “É com a dor que a gente aprende. Temos que trabalhar de forma conjunta”, destaca.
No turno da tarde, os cerca de 150 presentes, serão divididos em grupos para discutir as maiores preocupações e no encerramento serão elencadas as ações prioritárias para a bacia.
Texto: Elisangela Favaretto
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