Em entrevista ao Acorda Rio Grande desta sexta-feira (21), o empresário e presidente do Sindibritas e Agabritas, Nilto Scapin, defendeu a realização de um conjunto de medidas para a prevenção de cheias históricas como a de maio, entre elas a dragagem no Rio Taquari.
De acordo com Scapin, o desassoreamento é um assunto muito polêmico. Em sua opinião, depende do caso. Em diversas situações, a dragagem se mostrou eficiente, principalmente na Serra gaúcha.
O empresário explicou que o material retirado do canal do rio faz com que as águas fluam de melhor forma. Em um rio como o Taquari, há muito seixo e cascalho: “Nós já sabemos, a olho nu, que há um acúmulo muito grande de cascalho”.
Conseguindo tirar o material, Scapin afirma que se fará bem ao calado do rio e ao escoamento das águas. Parte desse material é nobre, pelo volume que tem, e pode ser usado na construção de estradas.
Em sua concepção, a dragagem ajudaria muito, principalmente para conter as cheias, mas não pode ser uma ação isolada, deve haver um conjunto de medida. Construir barragens secas nos afluentes do Rio Taquari, como se fossem lagoas de contenção, ajudariam a diminuir o fluxo de água que desemboca no Taquari. Os Piscinões de Ramos, em São Paulo, são exemplos disso: foram construídas grandes lagoas de contingência para diminuir o represamento do Rio Tietê.
Scapin ainda destacou que existe a possibilidade de dragagem por permuta, ou seja, fazer o desassoreamento e utilizar o material retirado, como britas e cascalhos. Porém há dificuldades na liberação do serviço por parte da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). FK
Piscinão de Ramos, é em Ramos Rio de Janeiro. Os piscinões de São Paulo, são Anhangabaú, Aricanduva, Guamiranga… . Já sã0 07 atualmente.