“É viável do ponto de vista econômico”, diz secretário estadual sobre instalação do free flow a cada 15 km no Vale do Taquari

Reunião com lideranças regionais aconteceu na manhã desta quinta-feira (29) na sede da Associação Comercial e Industrial de Encantado


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Secretário de Parcerias e Concessões do RS, Pedro Capeluppi (Foto: Gabriela Hautrive)

Lideranças do Vale do Taquari, como prefeitos, vice-prefeitos, presidentes de associações comerciais e empresários, se reuniram com o secretário de Parcerias e Concessões do RS, Pedro Capeluppi, na sede da Associação Comercial e Industrial de Encantado (Acie), na manhã desta quinta-feira (29). Entre os temas abordados, foram feitas sugestões para melhorias no modelo de concessão das rodovias, envolvendo acessos a empresas, ciclovias, construção de vias laterais e a implantação do sistema free flow.

Sobre o sistema free flow, que significa “fluxo livre”, com o pagamento de uma tarifa de pedágio através de um pórtico de cobrança, Capeluppi destacou que do ponto de vista técnico e econômico é possível instalar um pórtico a cada 15 km no Vale do Taquari, porém ainda não se sabe quantos seriam colocados na região. “Isso a gente está estudando ainda junto com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), esse número de 12 a 15 quilômetros é algo que é viável do ponto de vista econômico, mas é claro que tudo isso precisa ser colocado no mundo prático. Então as consultorias estão nos ajudando e esse debate a gente vai ter que fechar e concluir junto com as lideranças”, destacou.


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O secretário ressalta que o exemplo apresentado é aquilo que é possível ser feito tecnicamente. “Nessa lógica de transparência, colocar todo mundo na mesma página para a gente pensar junto as soluções, então esse é o objetivo, isso é importante porque quando a gente fala na praça física a gente está falando de um trecho de cobertura de 50, 60 quilômetros, isso significa que quem passa numa praça de pedágio como a gente tem hoje, no modelo tradicional, acaba pagando muito mais do que o trecho que percorreu, então uma cobrança com os pórticos tem mais distribuição”, pondera.

Reunião contou com a presença de lideranças regionais (Foto: Gabriela Hautrive)

O encontro foi conduzido pelo presidente da Vale Log e presidente da Associação Comercial de Arroio do Meio, Ademar Stleffer, que apresentou números sobre custos com pedágios para quem trabalha com o transporte. O prefeito de Encantado, Jonas Calvi, também se manifestou sobre as tarifas cobradas e disse que Encantado e as cidades da região alta do Vale do Taquari poderiam estar bem mais desenvolvidas se não tivesse um pedágio na entrada do município. “Ninguém quer pagar pedágio, mas que seja justo para todos”, destacou.

Ainda não há prazo para o fechamento do modelo de concessão

Questionado pela reportagem da Rádio Independente sobre um prazo final para fechar o modelo de concessão, no bloco 2, que contempla o Vale do Taquari, Capeluppi disse que ainda não há uma data estipulada para essa conclusão.

“Nós estamos trabalhando para evoluir, não vamos considerar aqui reduzir obras ou tirar intervenções que são consideradas importantes. No nosso cronograma, os consultores ainda estão trabalhando, mas a ideia é que ao final do mês de maio, mês de junho, a gente consiga já fazer a discussão formal com a sociedade, consulta pública e audiências públicas”, destaca.

“Diálogo permanente”

O secretário também frisou durante a reunião o diálogo permanente entre as lideranças para que se chegue a um modelo ideal de concessão. “Não é só a formalidade que precisa ser cumprida. Os projetos precisam ser construídos em conjunto com as lideranças e com quem vai usar a infraestrutura. É isso que a gente está fazendo aqui, é isso que a gente tem feito ao longo do tempo, recebo muitas lideranças em Porto Alegre, mas hoje fiz questão de aceitar o convite que me foi feito para vir ao Vale”, destaca.

A reunião contou com cerca de 40 pessoas e duração de 2 horas. O modelo de concessão deve ser levado para uma consulta pública em maio, mas ainda não há um prazo final para que seja finalizado, pois ainda depende de discussões e ajustes.

Texto: Gabriela Hautrive

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