EGR analisa local para colocar área de escape na ERS-129, em Muçum; estrada acidentada dificulta implantação

Obra exigirá terraplenagem mais pesada, e pode ser necessário alguma desapropriação para fazer a rampa, que será antes da chamada “Curva da Morte”


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Um pouco antes da Curva da Morte, em Muçum (Foto: Rita de Cássia)

A Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), que administra a ERS-129, em Muçum, estuda a implementação de rampas de escape para evitar acidentes com maior gravidade no km 86 da rodovia, local conhecido como “Curva da Morte”. Neste ponto, na semana passada, duas pessoas morreram quando um caminhão carregado com produtos de limpeza capotou no trecho. Após o episódio, uma manifestação foi realizada na manhã do sábado (6), cobrando placas de sinalização e áreas de escape.

Ao Redação no Ar desta segunda-feira (8), o diretor-presidente da EGR, Luís Fernando Vanacor, diz que a empresa analisa qual o ponto mais adequado para colocar essas rampas, tendo em vista as características da rodovia, em um relevo difícil de trabalhar. Uma das alternativas consideradas é a desapropriação de algum segmento, caso seja entendido como o local mais apropriado.

A rampa não deve ficar no km 86, onde fica a “Curva da Morte”, para evitar que o motorista desça em uma área mais urbanizada. Segundo ele, a solução de segurança serve para situações emergenciais, como quando o motorista perde os freios, por exemplo. “Uma alternativa extrema”, reconhece.

“Estamos avaliando a possibilidade e a implantação dessa rampa, claro que tem que verificar as condições”, destaca Vanacor. “Elas são eficazes”, reconhece. “Se a EGR assumir compromisso de fazer, será o mais rápido possível”, afirma, antes de completar que “a gente está empenhado”.

Diretor-presidente da EGR, Luís Fernando Vanacor (Foto: EGR / Divulgação)

A obra não deve ter um custo muito alto, e envolve uma terraplenagem mais pesada. “O dispositivo de amortecimento é simples de fazer; o que traz dificuldade é a região acidentada”, comenta.

Sinalização

A EGR fará um reforço na sinalização na descida da ERS-129, de Guaporé a Muçum, onde existem declives mais acentuados. Serão pelo menos mais 16 placas, que estão em processo de confecção e devem ser instaladas a partir do final desta semana.

O diretor-presidente diz que a companhia já fez um trabalho de sinalização, que teria reduzido o número de acidentes. Porém, é preciso ampliar. “Há necessidade de massificação da informação inicial”, comenta. “A medida mais rápida é intensificar a informação, visto que o modus operandi dos acidentes é sempre o mesmo”, pontua.

Segundo ele, lombadas eletrônicas ou pardais não surtiriam efeito neste caso. “É mais a questão do comportamento do motorista perante a descida da serra”, avalia, “de entender que naquele deslocamento tem essa declividade acentuada e, então, o motorista precisa controlar a velocidade do seu caminhão, fazendo com que ele desça devagar, o que muitas vezes não acontece”.

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Texto: Tiago Silva
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