Estado confirma circulação de sorotipos 1 e 2 da dengue no Vale do Taquari

Essa é a primeira vez desde o início das testagens dos sorotipos, em 2022, que o DENV-2 é encontrado no Vale; até aqui, somente casos positivos de DENV-1 haviam sido confirmados


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Foto: Divulgação

A Secretaria da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul confirmou que o Vale do Taquari tem circulação dos sorotipos 1 e 2 da dengue. Conforme o Boletim Epidemiológico divulgado na última sexta-feira (5), a região chegou a 635 casos positivos para a doença, e também possui dois óbitos: um de Lajeado e outro de Teutônia.

Dois casos de DENV-2 foram confirmados na região. Trata-se de um importado (com contaminação fora da região), em Muçum, e um caso autóctone (contaminação local), em Estrela. Essa é a primeira vez desde o início das testagens dos sorotipos, em 2022, que este é encontrado no Vale. Até aqui, somente casos positivos de DENV-1 haviam sido confirmados.

Além deles, o Brasil já possui casos do DENV-3 e DENV-4, sendo que a diferença entre eles está no material genético e na linhagem. Apesar disso, não necessariamente um tipo é mais grave do que outro e qualquer um deles pode causar infecções assintomáticas, leves, graves e até óbitos.

No entanto, segundo especialistas, a circulação de mais de um sorotipo pode aumentar o índice de reinfecção, uma vez que, conforme o Ministério da Saúde, cada pessoa pode ter os quatro tipos, mas a infecção por um sorotipo gera imunidade permanente para ele.

Conforme a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Estrela, Carmen Hentschke, o paciente teve sintomas fortes, mas evoluiu bem na recuperação. “Infelizmente o nosso paciente não tem histórico de viagens ou saídas da região, por isso ele é considerado autóctone. Mas ele se recuperou bem, teve os mesmos sintomas do sorotipo 1 e quando o resultado veio já estava trabalhando de novo”, disse.

Para controlar a contaminação no município, que é o com mais casos no Vale do Taquari, Carmen destaca que junto da aplicação de inseticidas, um trabalho de conscientização vem sendo feito. “Estamos trabalhando forte a questão da educação em saúde. Visitamos os locais e infelizmente é muito grande o número de casas que encontramos criadouros. Então não temos ainda uma sensibilização adequada para o cuidado”, destacou.

Texto: Vinicius Mallmann
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