Após o arquivamento do processo que pedia sua cassação no legislativo, o vereador Volnei Zancanaro (UB), disse que pretende encerrar o assunto. O caso envolve uma denúncia de assédio moral, que partiu da secretária de Desenvolvimento Social e Habitação, Renata Cherini, e da diretora da secretaria, Tatiana de Oliveira. O estopim da desavença foi a disponibilização de um imóvel pertencente à mãe de Zancanaro para aluguel social (pago com recursos públicos) à uma família que perdeu a casa na enchente de 2023.
“Ela (Renata) alegou que a casa não poderia ser alugada porque é um cubículo de seis metros quadrados, sendo que a casa tem um banheiro, dois quartos, cozinha sala e garagem com portão eletrônico. É mais uma mentira”, comenta.
Zancanaro admite que em mensagens de WhatsApp, foi ríspido com a secretária municipal, porém, nega que tenha havido violência de gênero. “Fui duro nas cobranças, como sempre faço. Mas poderia ter sido um secretário. Jamais me reportei à ela como mulher. Na denúncia, eles dizem que as assediei. Minha família me cobra qual tipo de assédio, se foi sexual. No processo não diz o tipo de assédio. Eu devo explicações à minha família, eu devo esclarecimentos ao povo, que têm uma família que precisa ser respeitada. Isso põe em questão minha reputação. Isso elas tentaram desde o início mostrar nesse processo”, desabafa.
O vereador deixa transparecer que a denúncia pode ter origem em questões levantadas por ele sobre a distribuição de doações aos flagelados da enchente. “Pedi para a secretaria quais são os itens que compunham as cestas básicas, porque recebi denúncia que as cestas estavam chegando sem azeite, sem arroz, sem feijão, sem os itens mais caros das cestas básicas. Tem fotos disso. Eu fui praticamente corrido lá de dentro”, alega.
Se por um lado o processo foi arquivado na Câmara, a demanda segue tramitando no Ministério Público da comarca de Estrela. Porém, Volnei Zancanaro diz que está disposto a esquecer o episódio, caso as denunciantes retirem a denúncia no judiciário. “Gostaria de botar um ponto final neste assunto. Nós precisamos trabalhar e nosso povo tem muitas necessidades e é sobre isso que precisamos nos preocupar daqui pra frente. Elas (Renata e Tatiana) têm seis meses para pensar. Caso resolvam retirar a denúncia no Ministério Público, estou disposto a por um ponto final neste assunto. Mas se quiserem dar andamento ao processo, também tenho meus advogados cuidando do caso, e vou processá-las por calúnia e difamação”, adianta.
Nesta semana, Renata Cherini pediu sua exoneração da Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação de Estrela. A reportagem procurou Renata Cherini para comentar o caso, porém não obteve retorno.
Luís Fernando Wagner
