Hospital Bruno Born prevê instalação de cerca de 26 comportas em plano de contingência para enchentes

Em maio, faltaram 80 centímetros para o prédio ser atingido pela água; entidade também aguarda o envio de R$ 1,2 milhão por parte do poder público para finalizar as obras do heliponto


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Cristiano Dickel (Foto: Eduarda Lima)

O plano de contingência para enchentes do Hospital Bruno Born prevê a instalação de aproximadamente 26 comportas para proteger a estrutura. Na histórica enchente de maio, faltaram 80 centímetros para o prédio ser atingido pela água.

A informação foi citada pelo diretor do HBB, Cristiano Dickel, em entrevista à Rádio Independente nesta quarta-feira (26). De acordo com ele, o valor para essa etapa está em torno de R$ 1,5 milhão e a análise técnica foi feita com base em um sistema que já funciona em prédios de São Paulo.

A proposta é colocar as comportas embutidas na calçada na Avenida Benjamin Constant, em pontos como a Central de Visitas, o Pronto Atendimento e na porta do Laboratório. No momento da enchente o sistema é acionado com uma tranca externa que permite a vedação contra as paredes do local.

Em maio, a equipe do hospital precisou construir barricadas com receio de que a água invadisse o prédio (Foto: Cícero Copello / Arquivo)

No prédio CTA as comportas serão instaladas no acesso e na tubulação da rede de esgoto. O projeto inclui a utilização de estruturas móveis, fixas, pneumáticas, de teto e embutidas no solo.

Com esse plano de contingência em prática, o HBB estaria protegido para uma cota de até 38 metros. Além das comportas, está incluso no estudo a elevação de toda a parte elétrica do hospital, como geradores, refrigeradores de ar e sistemas de oxigênio. Ao todo, o valor do plano chega aos R$ 6 milhões, verba que deve ser destinada pelo governo federal. Segundo Dickel, a ideia é que todas as obras possam ser entregues em até dois anos.

Outra ação importante para o HBB é a finalização do heliponto, que precisa passar pelo barramento, pintura, iluminação e obras complementares. De acordo com Dickel, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já aprovou o projeto, faltando apenas o envio de verbas.

“A gente enxerga que com tudo que aconteceu nesses últimos meses não tem como esse hospital ficar sem um heliponto”, diz o diretor. O valor de R$ 1,2 milhão foi solicitado aos governos municipal, estadual e federal, e também para a comitiva de senadores que esteve no Vale do Taquari na quinta-feira (20).

De acordo com Dickel, os parlamentares afirmaram que “o valor é ridículo de ser pedido”. Apesar disso, ainda não houve resposta sobre a destinação de verbas para executar as últimas etapas do projeto.

Texto: Eduarda Lima
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