Languiru atrasa pagamento de parcela da rescisão de ex-funcionários

A Languiru emitiu nota dizendo que segue cumprindo os acordos firmados com os Sindicatos dos Trabalhadores junto à Justiça do Trabalho e que os pagamentos são realizados com tolerância de até 30 dias da data de pagamento da folha, conforme previsto nos termos das Reclamações Pré-processuais números


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Foto: Arquivo/Reprodução Jonas de Siqueira

Um grupo de ex-funcionários da Cooperativa Languiru que realizou acordo e está recebendo o valor de rescisão de forma parcelada entrou em contato com a reportagem da Rádio Independente nesta sexta-feira (12), reclamando do atraso no pagamento da parcela que deveria ter sido paga no quinto dia útil de janeiro. O grupo reivindica o valor acordado.


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A reportagem realizou contato com a direção da Languiru e com o Sindicato dos Empregados no Comércio. Por parte do sindicato, constatado que o grupo de ex-funcionários também realizou o contato prestando queixa da falta de pagamento. Por sua vez, o sindicato realizou contato com a cooperativa, que declarou não ter uma data fixa para colocar em dia a situação. O sindicato sugeriu marcar uma reunião para a próxima semana e aguarda a confirmação de uma data.

Reclamações de ex-funcionários

Algumas mulheres que realizaram contato preferiram não se identificar. “Eu trabalhava no mercado Languiru, na matriz, e estamos com o pagamento atrasado. E agora fica a dúvida: a Languiru vendeu a unidade para o Passarela e mesmo assim não nos pagaram, é muito difícil. Estou com dificuldades de pagar minhas contas de água e luz. Moro sozinha com minhas filhas e está bem complicado”, conta uma ex-funcionária, moradora do Bairro Languiru.

“Estou com o pagamento atrasado, está todo mundo revoltado. Acho tudo isso uma sacanagem com os ex-funcionários. Já é um pagamento de rescisão parcelado e ainda não recebemos. Fiz contato com o RH da empresa e me disseram que não tem data para o acerto. Estou com minhas contas atrasadas”, lamenta a moradora do Bairro Teutônia.

“O atraso está muito chato. A gente liga para empresa e uma hora eles falam uma coisa e depois mudam o discurso. Já tô perdendo as esperanças, além de receber parcelado, recebemos atrasados e já nem sei se realmente vamos ter o que temos direito”, diz uma moradora de Teutônia.

A moradora do Bairro Teutônia, Marta Elaine de Freitas Santos, ex-funcionária do mercado Languiru diz estar com muitas necessidades. “Estou com água e luz em atraso e ainda tenho meu filho com câncer e não estou conseguindo comprar os medicamentos dele, é preciso os medicamentos que tem um valor caro, inclusive ele está sem medicação e eu não tenho como comprar”, cita ela.

A palavra do sindicato

O Sindicato dos Empregados no Comércio de Taquari e Região atendeu a reportagem e revelou o que possui de informações. Segundo o secretário, Carlos Roberto Henn, o grupo de ex-funcionários também realizou contato prestando queixa da falta de pagamento. O sindicato realizou contato com a cooperativa e pediu uma reunião para os devidos esclarecimentos. O encontro ainda não tem data marcada e deve ser confirmada para a próxima semana. Sobre o pagamento, a cooperativa respondeu que ainda não tem uma data prevista.

Resposta da Languiru

Em nota à Rádio Independente, o presidente da Languiru, Paulo Birck, escreveu que a cooperativa tem até 30 dias após a data oficial para realizar o acerto. Após este prazo os funcionários podem entrar com ação contra a empresa.

Nota na íntegra

A Cooperativa Languiru Ltda – Em Liquidação esclarece que segue cumprindo os acordos firmados com os Sindicatos dos Trabalhadores junto à Justiça do Trabalho, respeitando o parcelamento das rescisões trabalhistas aos ex-funcionários nos prazos estabelecidos. Nesse sentido, cumpre observar que os pagamentos são realizados com tolerância de até 30 (trinta) dias da data de pagamento da folha, conforme previsto nos termos das Reclamações Pré-processuais números 0024304-27.2023.5.04.0000 e 0024270-52.2023.5.04.0000.

Texto: Marcelo Cardoso
[email protected]

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