A tradução livre de “black money” é dinheiro preto. A expressão vem do inglês e surgiu com uma série de movimentos nos Estados Unidos, principalmente na indústria musical, onde existem diversas personalidades importantes e artistas relevantes para o empoderamento do povo preto. Além da indústria musical, o esporte também possui muita força, fora do Brasil, mas aqui também.
Contudo, no Brasil o movimento tem circulado no entorno das empresas coordenadas e criadas por pessoas negras, como uma forma de incentivo e reparação da sequência de negligência que enfrentamos para ter destaque no mercado de trabalho.
Diante disso, o movimento reforça a importância de consumir e divulgar serviços prestados por pessoas negras, para que estas mantenham-se no mercado e produzindo, sem a necessidade de colocarem-se na posição de servidão, como por muito tempo fomos limitados a fazer. Além da liberdade financeira, a ocupação desses cargos de gestão e destaque resultam em outro ponto que já tratamos aqui: a representatividade que empodera os jovens que estão ingressando nessa jornada e os motiva a trilhar caminhos diferentes! E, por isso, hoje, gostaria de dedicar o espaço da Estrutura Preta para citar duas empresas que me orgulham muito em dizer que são de pessoas negras.
A primeira é a marca de roupas, originada em Cruzeiro do Sul, chamada Shift (@shitsstore), que tem confecção própria e é uma marca super descolada, com moletons, calças, camisetas, jaquetas e muito mais.
Outro lugar que frequento e posso citar é o espaço Michele Santana (@espacomichelesantana), que é um salão de beleza, onde são prestados diversos serviços de embelezamento especialmente para a mulher negra, compreendendo e respeitando as singularidades de cada mulher!
Texto por Nadini da Silva, advogada e mestranda em Ambiente e Desenvolvimento
