Você terá orgulho das suas decisões daqui a alguns anos quando for falar sobre elas?

Construa agora uma história de que se orgulhe de contar mais tarde


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Foto: Fernanda Kochhann

Experimente contar a sua história de vida para outra pessoa, respeitando certa ordem cronológica. No enredo, você fala da sua infância, adolescência e das principais decisões que tomou na vida. É uma experiência interessantíssima. Uma oportunidade de ter uma espécie de conversa consigo mesmo sobre seus acertos e atrapalhos. É como se você pudesse olhar para o seu passado de um plano externo. E, sem dúvida, em algum momento aparecerá a frase: Se eu soubesse aos 20 o que sei hoje, com certeza, teria feito muitas coisas de outro modo. Contudo, se você gosta de ser a pessoa que se tornou, nos mais diversos âmbitos da vida, tenha em mente que isso resulta das suas atitudes do passado, incluídos aí os seus desacertos, mancadas e decisões menos acertadas.

Todo mundo comete erros, e tropeçar faz parte da vida, especialmente quando se faz coisas pela primeira vez. Talvez você irá gastar horas se torturando por atitudes estúpidas que teve, no entanto, também poderá concluir que teve muitas oportunidades de aprender a lidar com os seus desacertos.

Dirce Becker Delwing (Foto: Fernanda Kochhann)

Dentro desse tema, trago para a reflexão um livro que li na última semana e que tem como título justamente esta questão “Se eu soubesse aos 20”. A autora é a neurocientista Tina Seelig, professora da Universidade de Standford nos Estados Unidos. Destaco um capítulo onde ela fala sobre critérios que a gente deve levar em conta na hora de tomar uma decisão. Segundo ela, um exercício é você pensar em como quer contar a história no futuro. Ou seja, você terá orgulho das suas decisões daqui a alguns anos quando for falar sobre elas? Se acredita que sim, então, siga adiante. Agora, se você está apenas pensando em tomar uma decisão inteligente e estratégica para o momento, pode ser que não se sentirá confortável ao contar a história para seus netos, por exemplo. Em síntese, construa agora uma história de que se orgulhe de contar mais tarde.

Texto por Dirce Becker Delwing, jornalista e psicóloga

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