Caminhoneiro gaúcho que ficou trancado na BR-386 em maio devido às enchentes agora está parado há 20 dias na nevasca da Argentina

Em maio, Rogério Ferri ficou parado por dias no Vale do Taquari, depois de cruzar a cidade de Lajeado pela BR-386 e não conseguir retornar para o Litoral Norte


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Foto: Divulgação

Há quase 20 dias, um caminhoneiro gaúcho enfrenta o drama de estar parado em meio a uma nevasca nas proximidades da fronteira entre Argentina e Chile, nos pés da Cordilheira dos Andes. Morador de Osório, Rogério Ferri segue parado com seu caminhão enquanto aguarda a melhora nas condições de trafegabilidade na região para seguir viagem até Santiago, a capital chilena. Em maio, Ferri ficou preso em meio às enchentes que devastaram parte do Rio Grande do Sul.

Desde o início do mês, Ferri está “preso” em uma estrada entre Mendoza, na Argentina, e a capital chilena. O ponto fica nos pés da Cordilheira dos Andes, que passa por um momento de nevasca. Apesar da condição desfavorável na estrada, ele celebra a melhora no tempo na região. No momento, faltam 250 km até o seu destino no Chile.

Assim como nas enchentes, ele depende da ajuda de voluntários para se manter no local, enquanto não pode seguir viagem. Segundo Ferri, algumas pessoas vão até o local para doar alimentos e comida pronta. Entretanto, ainda assim o frio surge como um obstáculo a ser vencido. Isso porque, um colega de profissão brasileiro, natural de Santa Catarina, veio a falecer depois de ficar dias internado com pneumonia em um hospital local.

Em maio, Ferri ficou parado por dias no Vale do Taquari, depois de cruzar a cidade de Lajeado pela BR-386 e não conseguir retornar para o Litoral Norte. Na oportunidade, ele e outros caminhoneiros conseguiram abrigo em um restaurante de Marques de Souza. “O dono foi um pai para nós. Cedeu tudo o que tinha de comida, então fiquei lá de segunda a domingo, mais ou menos, quando começou a liberar as pistas”, detalhou.

Nos dias seguintes, ele realizou a mesma viagem que está tentando seguir no momento, até a capital chilena. Dias depois, ele cruzou a Argentina, chegou a Santiago e retornou ao RS. Desta vez, na segunda viagem em menos de 60 dias, não teve a mesma sorte. “As viagens são assim. Tem viagem de 25 dias, outras de 35, 40 dias, mas eu já tive viagem que levou 52 dias”, finalizou.

Fonte: Correio do Povo

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