Médico Marcos Frank une paixão por diferentes temas para desenvolver sensibilidade no atendimento aos pacientes

O presidente do Hospital Bruno Born destaca que o gosto por viagens, gastronomia, literatura e artes o torna um profissional sempre em busca de novidades


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Ricardo Brunetto e Marcos Frank (Foto: Gilson Lussani)

A história de Marcos Frank na medicina iniciou após um ano cursando computação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), momento em que ele percebeu que sua vocação estava em outra área. Ao fazer aulas de anatomia, odontologia e psicologia, o médico que hoje está a frente do Hospital Bruno Born, de Lajeado, percebeu o interesse pela saúde.

Natural de Ijuí, o entrevistado do Arte de Empreender deste sábado (8) começou sua formação aos 18 anos, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A proposta de mudança para o Vale do Taquari surgiu em 1995, após um período de estágios no Hospital Nossa Senhora da Conceição, Cristo Redentor e na Santa Casa, em Porto Alegre. Questionado se tomaria novamente a decisão de construir uma vida na região, ele afirma que repetiria a escolha, principalmente levando em conta a qualidade de vida, a capacidade de crescimento e a próspera economia do Vale.

“A vida vai proporcionar algumas coisas e a gente não entende bem as escolhas que a gente faz e vai entender depois”, cita Frank.

A vida do médico e mestre em ciências médicas é rodeada pelo apreço às viagens, gastronomia, literatura, artes e, claro, à medicina. “Essa curiosidade faz com que eu mantenha o meu cérebro saudável no sentido de estar sempre buscando novidades”, reflete. Ele completa dizendo que a capacidade de fazer as áreas conversarem “ajuda a ser um profissional melhor e desenvolver minha sensibilidade quando estou atendendo o paciente”.

Seu trabalho à frente do Hospital Bruno Born busca justamente a conexão entre os profissionais da saúde e as pessoas que buscam atendimento. “Me vejo como um pedaço professor, um pedaço gestor e um pedaço como médico que consegue fazer com que as pessoas entendam o que está acontecendo com elas”, diz Frank. De acordo com ele, a linguagem simples tende a facilitar a vida do doutor que faz o atendimento e também do paciente, o tornando um aliado durante o tratamento.

Planos para o Hospital Bruno Born

A entrada de Frank para o hall de diretores do Hospital Bruno Born se deu em 2010, e 14 anos depois ele foi nomeado como o novo presidente da instituição. A tomada de decisões em conjunto é algo que torna sua experiência à frente do HBB ainda mais proveitosa.

De acordo com ele, a parceria com o curso de Medicina da Universidade do Vale do Taquari – Univates permite que o hospital seja reconhecido fora de sua região de influência. “Um hospital que queira crescer precisa investir na formação de seus profissionais”, considera.

Para o futuro, os investimentos no HBB são inúmeros e buscam principalmente a humanização dos atendimentos. Na parte da obstetrícia, o presidente diz que o novo centro a ser implantado buscará resgatar o parto normal, com a intervenção em bloco cirúrgico se houver necessidade. O objetivo também é voltar a permitir que o momento seja vivido de forma mais próxima pelas famílias.

No setor de cuidados paliativos, com pacientes que possuem tempo de vida limitado, a busca também é por permitir que os parentes continuem unidos. “Criamos uma ala em que a família passa a poder conviver mais e de forma mais privativa com o paciente que de certa forma está se despedindo”, relata Frank.

Entre os objetivos para os próximos 2 ou 3 anos também está a implementação da inteligência artificial para aprimorar o acompanhamento dos pacientes. A ideia é que o sistema possa dar sugestões de diagnóstico, analisar tempo de espera para exames, período de internação e resolução dos casos, para analisar mortes evitáveis e inevitáveis.

Atualmente, o Hospital Bruno Born conta com 1.240 colaboradores e mais de 300 médicos, um total de cerca de 1.600 profissionais que trabalham “artesanalmente”, na visão de Frank, já que cada paciente tem suas nuances.

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