União, adaptação e força são fatores que movem mulheres empresárias no Vale do Taquari

O Papos de Mulher deste sábado recebeu representantes de entidades de Encantado, Arroio do Meio, Lajeado e Estrela para falar dos próximos passos após as enchentes


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Nanda Ost, Aline Silva e Aline Majolo (Foto: Gilson Lussani)

Entre os setores afetados pela enchente no Vale do Taquari, o comércio e a indústria de bens e serviços agora iniciam o processo de retomada. Alguns dos fatores que movem as mulheres empresárias são a união, adaptação e força para seguir em frente.

O Papos de Mulher deste sábado (8) abordou os próximos passos de entidades da região em relação aos negócios. O programa contou com a participação de Patrícia Lansini, coordenadora do Núcleo de Mulheres Empresárias de Encantado; Nanda Ost, do Fórum da Mulher Empresária de Lajeado; Aline Majolo, do Núcleo de Mulheres Empresárias de Arroio do Meio; e Franciele Diehl, integrante do Núcleo de Mulheres Empresárias de Estrela.

Em Encantado, os primeiros passos da retomada contaram com um encontro voltado ao acolhimento e abordagem de quais caminhos poderiam ser tomados após a catástrofe. De acordo com Patrícia, a entidade tinha como objetivo para este ano a implementação de planos estratégicos nas empresas, o que vai ser bastante proveitoso após a enchente. “O foco das mulheres é a união e planejamento das empresas”, diz ela. Por meio da CIC e do projeto Esperançar alguns negócios já receberam doações de equipamentos, móveis, auxílio com limpeza e mídias sociais.

O movimento possui semelhanças em Lajeado, já que o Fórum da Mulher Empresária decidiu retornar falando sobre os sentimentos das empreendedoras após os acontecimentos de maio. Em seguida, o grupo mapeou os impactos da tragédia, constatando que três integrantes foram fortemente impactadas. A ideia para os próximos dias é reestruturar o calendário de eventos que já estava organizado e realizar atividades colaborativas. “Se hoje o presente está meio marrom, o futuro vai ser colorido. A gente precisa voltar a ter essa sensação de como é bom viver aqui”, reflete Nanda.

Entre as arroio-meenses, 60% das integrantes do núcleo foram atingidas. O retorno das reuniões quinzenais se dará na próxima semana. “Penso que a gente precisa receber abraços, palavras de carinho, sorrisos, muito amor e palavras positivas”, afirma Aline. A cidade que foi intensamente prejudicada pela elevação do rio passa por um grande processo de recuperação, e o núcleo buscará trabalhar o psicológico para que as mulheres possam apoiar a reconstrução do município.

Durante a entrevista, a representante de Encantado, Franciele, destacou que a primeira ação foi buscar o registro de associados atingidos junto à Cacis. Com o projeto “Adote uma Empresa”, mulheres de Rio do Sul, em Santa Catarina, se mobilizaram para ajudar. “Acho que isso que foi o mais bonito, a gente aqui se abraçando, se ajudando, mas muito pessoal de fora também”, comenta. De acordo com ela, o momento é de reinvenção e até de mudança de foco para algumas empresas, dependendo do setor que atuam.

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