Arena diz que Grêmio pediu suspensão de pagamento de seguro e pode atrasar volta; clube rebate

Arena e Grêmio entram em conflito pelo seguro do estádio, na casa dos R$ 70 milhões


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Foto: Emanuel Prestes / Arena do Grêmio

Os reparos na Arena do Grêmio parecem tomar caminho de um conflito. Em texto divulgado na noite desta quarta-feira, logo depois da derrota do Tricolor para o Fortaleza, a gestora do estádio gremista afirmou que o presidente do clube, Alberto Guerra, solicitou judicialmente a suspensão dos pagamentos do seguro. O dirigente, por outro lado, rebateu a versão e afirmou que a decisão judicial apenas definiu que o valor precisa ser depositado em uma conta conjunta com o clube, para fiscalização.

Segundo o próprio presidente gremista, os valores do seguro chegam aos R$ 70 milhões. Na nota, a Arena diz que a diretoria tricolor tomou a ação judicialmente com o objetivo que o dinheiro seja utilizado apenas para os reparos no estádio, atingido pela enchente por 23 dias.

– Nos causa enorme perplexidade a decisão do presidente do Grêmio e sua diretoria, pois tem potencial de atrasar por meses o retorno do Grêmio à Arena, com prejuízo imensurável ao futebol. O Grêmio em casa é imbatível. E não há qualquer justificativa plausível para tal medida, pois é do nosso total interesse ter a Arena em perfeitas condições o mais rápido possível, para que possamos retomar os jogos, que é a nossa atividade – disse Mauro Araújo, presidente da Arena Porto Alegrense, em nota.

Depois da derrota em Fortaleza, o presidente Alberto Guerra afirmou que a decisão da diretoria do Grêmio apenas tem o objetivo de acelerar o processo de reconstrução da Arena. Nos bastidores, o clube se irritou com a falta de uma previsão para voltar a usar o estádio. Na entrevista, o dirigente destacou que a decisão judicial define que o valor seja depositado em uma conta conjunta de clube e gestora.

– A terminologia suspensão é equivocada deliberadamente, porque na verdade o que pedimos é que esse dinheiro fosse depositado em uma conta vinculada entre Grêmio e Arena e que nós pudéssemos auxiliar e fiscalizar a aplicação dos recursos na reforma da Arena o mais rápido possível – rebateu Alberto Guerra.

– Talvez quando eles lerem direitinho a decisão, vão ver que nada mais é que estarmos ao lado deles na hora de usar os recursos. Não tem porque isso tomar mais tempo. A decisão judicial aliás fala que as reformas devem ser feitas no menor prazo possível. E o Grêmio está à disposição. Ficaram chateados, fizeram a ameaça que colocariam na conta da direção – completou Guerra.

Veja o texto divulgado pela Arena

“Presidente do Grêmio, Alberto Guerra e sua Diretoria pedem suspensão dos pagamentos do seguro da Arena do Grêmio e atrasa o retorno do time a sua casa

Em plena crise no futebol, o presidente do Grêmio entra com ação cujo efeito pode retardar a entrega do estádio ao time. A pergunta que fica é: quem vai liberar esses valores para a Arena continuar com seu trabalho? Será o Grêmio? Qual o conhecimento técnico que o Grêmio possui para fazer essa liberação? As pessoas mais habilitadas para liberar esses valores são os engenheiros peritos da própria seguradora, em conjunto com os engenheiros da Arena, que já vem trabalhando em comum acordo e tomando todas as ações necessárias para entregar a casa dos tricolores o mais breve possível, questiona Mauro Araújo.

O presidente do Grêmio, Alberto Guerra, juntamente com a diretoria do clube, pediu judicialmente a suspensão dos pagamentos do seguro contratado pela Gestora para a recuperação da Arena do Grêmio. Essa decisão, tomada através de uma tutela cautelar antecedente a um procedimento arbitral, objetiva, conforme argumentação do Grêmio, assegurar que a indenização securitária seja destinada ao reparo dos danos causados pela enchente que atingiu o estádio. No entanto, essa medida, se mantida, pode atrasar em meses o retorno dos jogos do time ao estádio.

Suspender os pagamentos do seguro e depositá-los em juízo coloca em xeque a credibilidade da seguradora Zurich, uma das maiores do mundo, e sua auditoria, bem como a própria Arena Porto-Alegrense, que tem atuado incansavelmente de domingo a domingo para a célere reconstrução do estádio, como tem sido amplamente registrado. De acordo com as leis brasileiras, todo seguro pago deve ser auditado para garantir que os recursos sejam aplicados corretamente para os fins destinados. A Arena Porto-Alegrense, responsável pela administração do estádio, tem seguido rigorosamente esses procedimentos, prestando contas diariamente sobre as ações de reparo realizadas, demonstrando total transparência e compromisso com a recuperação do local.

Os torcedores gremistas têm acompanhado diariamente nas redes sociais e imprensa a evolução dos trabalhos que a Arena vem fazendo para a recuperação da casa da nação tricolor, mesmo antes de receber qualquer pagamento do seguro, utilizando recursos próprios para em nada retardar a retomada de jogos na Arena, desejo da torcida tricolor.

Mauro Araújo, presidente da Arena Porto-Alegrense, comentou sobre a decisão: ‘- Estamos absolutamente focados na recuperação da Arena e isso tem sido demonstrado diariamente pela imprensa. Inclusive, até agora utilizamos nossos recursos próprios para iniciar os reparos e estamos prestando contas diariamente do progresso feito. A opção do Presidente Alberto Guerra por impedir a recuperação da Arena não se coaduna com o interesse da torcida. O que está por trás não conseguimos entender. Deveríamos estar trabalhando juntos nesta hora, como toda a comunidade Gaúcha, que está dando um grande exemplo de solidariedade e união”.

O Grupo que controla a Arena Porto-Alegrense administra outras arenas no Brasil com sucesso, demonstrando uma gestão eficiente. Prova disto foi a constituição de um seguro que, diferente de muitos, abarcava expressamente danos por inundação. Esta visão proativa deveria ser enaltecida pelo presidente Alberto Guerra e sua diretoria, ao invés de questionada.

Os gremistas estão ansiosos pelo retorno do estádio, que é um ícone para o clube e seus torcedores. No entanto, a decisão de Alberto Guerra vai atrasar a total restauração da Arena do Grêmio, afetando o cronograma de obras e o uso do estádio. Fonte: GE

1 comentário

  1. A pior coisa que Grêmio fez foi parceria com OAS temos estádio… não temos dinheiro…eles ficam com nossa renda , não podemos comprar jogadores por falta do bendito dinheiro, mais que porcaria de negócio e pra azar ainda a torcida em vez de ficar do lado do clube se torna hostil , tá muito difícil ser gremista.

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