De 50 a 70% dos resgates em desastres são feitos pela população, cita bombeiro que atuou nas enchentes do RS

De acordo com Léo Farah, também fundador da ONG Humus, os dados mostram que é essencial treinar e capacitar os cidadãos


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Léo Farah (Foto: Reprodução / Redes Sociais)

Do total de resgates realizados em desastres naturais, entre 50 e 70% são feitos pela população. Os dados foram citados pelo bombeiro e fundador da Humus, Léo Farah, em entrevista à Rádio Independente nesta sexta-feira (21).

Ele atuou nos resgates durante os deslizamentos em Petrópolis, no Rio de Janeiro, e em Mariana e Brumadinho, após o rompimento das barragens. Em 2021, Farah fundou a ONG especializada no trabalho em eventos climáticos extremos.

Neste ano, a equipe ajudou nos salvamentos, distribuição de mantimentos e na organização logística de cidades do Vale do Taquari e de outras partes do estado. “Sem dúvida nenhuma um dos maiores desastres que eu já vivenciei na minha vida”, diz Farah sobre a devastação na região.

Como os dados citados mostram que boa parte dos salvamentos são feitos por civis, o bombeiro enfatiza a importância “de treinar e capacitar a população local”.

Nesse sentido, a Humus disponibiliza instrutores e materiais para preparar moradores de cidades prejudicadas por desastres naturais. No dia 11 de julho acontecem treinamentos em Porto Alegre; nos dias 14 e 15 em Muçum; e no dia 17 em Lajeado.

Segundo Farah, outros treinamentos devem ocorrer até o final do ano. A equipe que compõe a ONG ainda está ajudando o estado, com equipes que seguem trabalhando presencialmente nas cidades atingidas.

Texto: Eduarda Lima
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