O governador Eduardo Leite esteve em Lajeado na noite desta segunda-feira (17), para acompanhar o trabalho das forças de segurança do Vale, em meio à elevação do Rio Taquari.
Leite e secretários estaduais estiveram reunidos com o prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo; vice-prefeita, Gláucia Schumacher; prefeito de Estrela, Elmar Schneider; Promotor de Justiça de Lajeado, Sérgio da Fonseca Diefenbach; Defesa Civil do Vale do Taquari; e Bombeiros, no Centro de Comando de Incidentes, instalado na sede do Corpo de Bombeiros de Lajeado.
Na ocasião, foi apresentado ao governador, um levantamento do ocorrido e as demandas ao longo das últimas semanas, principalmente após as cheias do mês de maio.
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Leite demonstrou preocupação com todo o cenário do estado, principalmente com os vales do Taquari e Caí, Serra e Litoral Norte, pois são os locais que existe a projeção de altos níveis de chuva para as próximas horas e dias. “Estou aqui em Lajeado para acompanhar e entender esta operações e se tudo está transcorrendo dentro do adequado e trazer também o alerta de que hoje estamos trabalhando com a cota de 25m mas que há uma previsão de chuvas mais intensas durante a terça-feira (18), que deve trazer a necessidade de olharmos para a cota 28m.”
Segundo ele, o governo vem aprimorando o sistema de interação com os municípios, desde 2023. Questionado sobre os modelos de monitoramento na Bacia Taquari Antas, Leite disse que já está no Rio Grande do Sul, um radar meteorológico que foi adquirido pelo governo e será instalado na cidade de Montenegro, que faz a varredura de um raio de 250km, atingindo a região metropolitana e Vales do Taquari e Caí. “Com isso, teremos um melhor monitoramento da precipitação pluviométrica, pois ele permite entrar na nuvem. E estamos fazendo os termos de referência para fazer a contratação de novas réguas, pluviômetros que serão instalados em várias localidades do estado, inclusive aqui no Vale do Taquari. É um investimento bastante alto que o estado está fazendo, a gente projeta a chegar nos próximos anos, há um investimento de até R$ 300 milhões no reforço da estrutura de alerta de monitoramento do estado.”
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Outra questão vem sendo bastante debatida após as cheias, é em relação às dragagens dos rios. Segundo Leite, foi determinado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente, que seja feito estudos em todas as localidades mais críticas, e, onde a dragagem for solução, ela será feita. “Nós estamos constituindo o nosso Comitê Científico do Estado, para fins de análises geológicas, hidrológicas, meteorológicas, que vai dar suporte a definição das melhores estratégias a serem empregadas em cada uma das regiões. E toda a ação voltada a prevenção de desastres, envolve centenas de milhões ou até bilhões de reais e e gente não tem o direito de errar com tanto recurso, e em determinadas bacias hidrográficas, a drenagem não é uma solução eficiente. Dragagens estão no nosso plano, no limite do que for necessário. ”
Segundo Leite, o Rio Grande do Sul terá um dos mais modernos e robustos sistemas de monitoramento e alerta do Brasil e que está sendo feita uma parceria com a Universidade do Vale do Taquari – Univates, para estudos de recuperação da Mata Ciliar.
O governador finalizou falando sobre o envio antecipado de aeronaves para possíveis resgates, nas regiões que neste momento estão sendo dirigidas as atenções do estado, devido ao quadro meteorológico observado. JG
