O Boletim dos Desastres no Rio Grande do Sul atualizado na sexta-feira (28), aponta prejuízos de R$ 12,5 bilhões com as chuvas em 478 Municípios no Estado. O setor habitacional é o mais prejudicado, com impacto de R$ 4,7 bilhões até o momento e 112,3 mil casas danificadas ou destruídas. O setor público responde por R$ 2,6 bilhões e o privado por R$ 5,2 bilhões, sendo R$ 4,3 bilhões relativos à agricultura. Destaca-se que a edição do informativo passa a ser quinzenal.
Desde o dia 24 abril, as tempestades estão assolando o Estado do Rio Grande do Sul, causando R$ 12,5 bilhões em prejuízos financeiros. São 478 Municípios afetados, segundo a Defesa Civil Estadual. Destes, 418 tiveram decretação de anormalidade feita pelo governo estadual, sendo 323 Municípios em situação de emergência e 95 em estado de calamidade pública, dos quais foram devidamente reconhecidos pelo governo federal por rito sumário, sendo que 454 registraram os decretos no S2iD. A CNM destaca que desse total de Municípios que registraram os decretos de anormalidade, apenas 171 detalharam os danos e prejuízos. Portanto, os valores de R$ 12,5 bilhões em danos e prejuízos dizem respeito apenas a 171 Municípios e não a todos os Municípios afetados. Reitera-se que as informações são parciais e estão sendo alteradas periodicamente.
Setores mais afetados pelos temporais no RS – Prejuízos Econômicos
O total de R$ 12,5 bilhões em prejuízos foi informado pelos Municípios. Desse total, tem-se que R$ 2,6 bilhões são no setor público, R$ 5,2 bilhões no setor privado e a maioria dos prejuízos, por enquanto, referem-se ao setor habitacional, com R$ 4,7 bilhões, sendo mais de 112,3 mil casas danificadas ou destruídas. A CNM reitera que os dados são parciais, informados pelos gestores municipais e estão sendo atualizados à medida que mais Municípios preenchem as informações no sistema federal. Por isso, os valores sofrem constantes alterações para mais ou menos à medida que as verificações em campo se intensificam.
Impacto nas Habitações
- Danificadas: 102,3 mil;
- Destruídas: 10 mil;
- Total unidades habitacionais afetadas: 112,3 mil;
- Prejuízos na habitação: R$ 4,7 bilhões.
Principais setores públicos afetados
- Danos materiais (instalações públicas como escolas, hospitais, prefeituras, prédios de serviços públicos, instalações de usos comunitários, etc.): R$ 432,4 milhões em prejuízos;
- Obras de infraestrutura (pontes, calçamento, asfaltamento de ruas e avenidas, viadutos, sistemas de drenagens urbanas etc.): R$ 1,8 bilhão em prejuízos;
- Sistema de transportes: R$ 152,3 milhões em prejuízos;
- Assistência médica emergencial: R$ 14,7 milhões em prejuízos;
- Sistema de esgotamento sanitário: R$ 22,1 milhões em prejuízos;
- Limpeza urbana e remoção de escombros (recolhimento e destinação): R$ 40 milhões em prejuízos;
- Geração e distribuição de energia elétrica: R$ 6,3 milhões em prejuízos;
- Sistema de ensino: R$ 84,8 milhões em prejuízos;
- Abastecimento de água: R$ 14,9 milhões em prejuízos;
- Sistema de controle de pragas e vetores (desinfestação e desinfecção): R$ 1,8 milhão em prejuízos;
- Distribuição de combustíveis: R$ 1,7 milhão em prejuízos;
- Segurança Pública: R$ 2,3 milhões em prejuízos;
- Telecomunicações: R$ 1,1 milhão em prejuízos.
Principais setores privados afetados
- Agricultura: R$ 4,3 bilhões em prejuízos;
- Pecuária: R$ 373 milhões em prejuízos;
- Indústria: R$ 268 milhões em prejuízos;
- Comércios locais: R$ 132 milhões em prejuízos;
- Demais serviços: R$ 89 milhões em prejuízos.
Danos Humanos – Rio Grande do Sul
- 179 mortos;
- 34 desaparecidos;
- 98,6 mil desabrigados;
- 700 mil desalojados;
- 11,4 mil feridos e enfermos;
- 4,4 milhões de pessoas afetadas.
Defesa Civil
O número de óbitos e desaparecidos foi extraído da defesa civil estadual. Os demais dados foram extraídos do sistema federal do MIDR. Reitera-se que os dados são preenchidos pelos Municípios e são parciais, os quais sofrem alterações para mais ou para menos à medida que as verificações em campo se intensificam. Em conformidade com o Decreto Estadual nº 57.646, de 30 de maio de 2024, o Governo Federal, por meio da Portaria nº 1.802, de 31 de maio de 2024, reconheceu a anormalidade de 418 municípios gaúchos, sendo 95 em estado de calamidade pública e 323 em situação de emergência.
Fonte: CNM