A plantas proibidas no Brasil


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Foto: Divulgação

Cada país tem suas leis para comercialização dos mais diversos produtos. O Brasil não é diferente, e no caso de saúde temos o Ministério da Saúde que dá as normas de procedimento de como devemos agir. Composto de vários órgãos entre eles a ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária que entre outras funções controla drogas, medicamentos e alimentos.

A grande preocupação mundial são os dados da ONU que informam que 284 milhões de pessoas entre 15 e 64 anos usaram drogas em 2020. Isto representa um crescimento de 26% nos últimos dez anos. E ainda que destes 11,2 milhões estavam usando drogas injetáveis. Dados do IBGE mostram que aqui em 2009 8,2% consumiam drogas e em dez anos 2019 foi para 12,1%.

Em cima dos dados disponíveis, o Ministério da Saúde traça as orientações e legislação para dar mais segurança para a população. Entre elas a proibição de cultivos de algumas plantas relacionadas com o uso de drogas (Portaria N°344 da Anvisa).

– Maconha: circulam por aí três variedades. A Cannabis ruderalis de porte pequeno e muito rústica de origem russa. A Cannabis sativa com mais concentração de THC (Tetrahidrocanabial) de origem do México, Tailândia e Colômbia. E a Cannabis indica com maior concentração de CBD (canabidiol) e origem do Afeganistão, Índia e Paquistão.
Usando laboratórios clandestinos eles estão colocando no mercado maconha transgênica (Skunk ou Skank) com maior concentração (potência) de THC ou CBD, mais resistentes as variações climáticas, pragas e doenças.

No combate as drogas estão usando a criação de borboletas e mariposas de laboratório que são pragas do cultivo da maconha. São largadas nas regiões produtoras para se multiplicarem. Elas colocam os ovos nas folhas de onde nascem as lagartas que comem as plantas. A reação é aplicar agrotóxico que deixam resíduos nas plantas piorando mais ainda a toxidez.

– Trombeteira: conhecida como saia branca (Brugmansia suaveolem) planta tóxica que causa alucinação, hipertermia, taquicardia, problemas de rins podendo causar a morte. Já vi recomendação como planta medicinal de chá só que pode causar hepatite fulminante.
COCA. (Erythtroxylum coca) Nativa da Bolívia e Peru de onde é extraída a cocaína alcaloide psicoativo. São 4 espécies cultivadas a coca boliviana, coca amazônica, coca colombiana e a Trujillo coca.

– Papoula (Papaver somniferum): nativa do Oriente principalmente do Afeganistão e Mianmar. São altamente viciante, diminuía função mental e causa o adormecimento moral. Dela se faz o ópio seguindo a morfina e terminando com a heroína droga devastadora.
PEIOTE. (Lophophora williamsii) também conhecida como mescal. Origem do México e sudoeste dos EUA e dela se produz o alcaloide “mescalina” usadas tradicionalmente em rituais indígenas como alucinógenos. Esta planta chamou atenção recentemente por ter sido pego pela primeira vez entre nós. É um cacto sem espinho aparentemente inofensivo, mas, mortal para quem usa.

– Sálvia (Sálvia divinorum): são cerca de 900 espécies de ornamentais, medicinais e condimento. Vamos deixar claro que não é o tempero utilizados por nós que é a Sálvia officinalis. Pertence à família, mas é diferente esta tem alcaloide salvinorina alucinógeno também conhecida como erva-divina. Origem dos índios mexicanos causa alucinações, perda de coordenação física, riso incontrolável e atua no cérebro.

– Prestônia (Prestonia amazônica): planta nativa da Amazônia encontrada no Pará de onde tiram DMT- dimetiltriptamina alcaloide psicodélico. Também na região amazônica são encontrados dois cipós, o cipó-mariri ( Banisteriopsis caaapi) que produz o chá ayahuasca e o cipó- chacrona (Psychotria viridis). Ambos também produzem o DMT.

– Cravagem de Centeio (Clavipceps paspali): que na verdade é um fungo que infecta o cultivo de centeio do qual se faz o ácido lisérgico-LSD.

São plantas que não podem ser cultivadas ou comercializadas no país. Casos especiais para estudos científicos exigem liberações especial da Anvisa. Portanto quem as tem que assuma as responsabilidades criminais.

Texto por Nilo Cortez, engenheiro agrônomo

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