“Adoção é uma coisa maravilhosa, não tem que ser tratada como algo pesado”, afirma jovem estudante de psicologia

“Acho que é um tabu que tem que ser desconstruído”, defende Jéssica Driemeier Müller, de 22 anos


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Foto: Tiago Silva

O programa Panorama desta sexta-feira (27) conversou sobre como é ser uma filha adotiva com a Jéssica Driemeier Müller. Ela tem 22 anos, é estudante de psicologia e seus pais adotivos informaram desde nova que ela era adotada. “Essa é nossa filha que foi escolhida”, os pais dizem, segundo ela. Jéssica comenta que o tema sempre foi tranquilo para ela lidar. “Eu sempre soube, é uma questão que, para mim, sempre tive ciente. Meus pais sempre deixaram bem claro”, destaca.

Conforme ela, os pais tiveram acompanhamento psicológico tanto antes como após o processo de adoção. Jéssica entende que esse apoio e orientação foram fundamentais. “Meus pais tiveram isso e hoje eu vejo o quanto isso faz diferença”, ressalta.

A jovem recorda que, desde pequena, os pais adotaram uma série de dinâmicas para abordar e pacificar o tema na família. Jéssica lembra, por exemplo, que eles liam para ela um livro chamado “Bebês do coração”, quando criança. “Como tive essa criação e esses ensinamentos, é algo que para mim faz total diferença”, afirma. “Para mim, não existe diferença entre filho adotivo e filho não adotivo”, comenta. “A adoção é uma coisa maravilhosa, não tem que ser tratada como algo pesado, pode ser algo leve”, defende.

Ao olhar para o tema de modo geral, ela fala que ainda tem um caminho a percorrer, como todo tema tabu, mas já melhorou bastante. Ela relata que não passou por nenhum episódio direto de preconceito por ser adotada. Mas nota que há pessoas que ficam com receito de como abordar o tema de maneira a não causar constrangimento.

Jéssica fala que ainda há pessoas que remetem a adoção a algo ruim. “Acho que é um tabu que tem que ser desconstruído.”

Saiba mais

Nas redes sociais, a estudante tem uma página no Instagram @d.e.c.i.f.r.a.s.e, um perfil destinado textos autorais sobre temas e sentimentos cotidianos.

Texto: Tiago Silva
[email protected]

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