Alho, poró e macho: entenda mais sobre essa planta que é considerada medicinal e usada como condimento

Ele é rico em magnésio, fósforo, cálcio, potássio e selênio, vitaminas B6 e C


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Foto: Freepik

Estamos na época adequada para plantar os alhos, que vai de maio a julho. São diferentes tipos. O mais tradicional é o alho de cabeça (bulbo). O alho poró e alho macho são plantas diferentes. Todos eles têm lá seu valor alimentar, de condimentos e medicinal.

O alho tradicional é uma “liliácea” e forma os bulbos (cabeça) e bulbilhos (dente). A China, seguido da Índia, são os maiores produtores mundiais. O Brasil, segundo dados IBGE de 2022, plantou 13.205 hectáres (ha) e produziu 181.149 toneladas da planta. O Rio Grande do Sul plantou 1.582 ha e colheu 12.989 toneladas em 22.279 propriedades, uma produtividade de 8.210 kg por ha.

Reconhecido como planta medicinal, o alho é rico em magnésio, fósforo, cálcio, potássio e selênio, vitaminas B6 e C. Já o alho roxo é mais rico em antioxidantes.

Quando vamos comprar alho tem toda uma classificação do Ministério da Agricultura (MAPA) para dar segurança aos consumidores. Primeiro, é dividido em grupo: alhos brancos e roxos. Depois, em subgrupos: pelo número de bulbilhos (dentes) sendo o nobre de 5 a 20 e o comum mais de 20 dentes. Ainda tem subgrupo pelo tamanho: medido pelo diâmetro transversal e, através dele, recebem números: N°7 mais de 56 milímetros, o N° 6 de 47 a 56, N° 5 de 42 a 47, N°4 de 37 a 42 e o N°3 de 32 a 37. Há ainda o misturado, os percentuais de defeitos aceitáveis e a venda em réstias. Mas, são pouco conhecidos dos consumidores. E isto está descrito no rótulo das caixas.

O plantio se dá por alho-semente e está mais difícil de encontrar este ano. Um detalhe: o cultivar escolhido deve estar adaptado à quantidade de luz e temperatura da região, que pode variar de 13 a 9 horas de luz diariamente. Se pegar alho da região norte ou importado, não vai dar certo e não formará bom bulbos.

Um dos problemas de comercialização do alho é a entrada de produtos vindos da China e Argentina concorrendo com o nacional. Isso causa queda de preço, desmotiva os produtores locais e os produtos importados são subsidiados.

Foto: Reprodução

Saiba mais

Alho poró ou porró: é uma variedade em que são consumidos os talos e as folhas verdes. São hortaliças que não formam cabeças e utilizadas em saladas cruas, sopas, caldos, farofas. Considerado também um alimento saudável. Plantado por semente disponível em saquinhos no mercado (Isla e Feltrin).

Alho macho: Se reproduz por um dentinho ao lado do pé, com certa facilidade, que dará uma cabeça redonda branca. Deve ser plantada novamente e dará a cabeça com os bulbilhos para ser consumida ou novamente plantada. Não é encontrado no mercado poderia ser conseguido com pessoas que ainda preservam o cultivo. Todos os alhos no consumo tradicional em saladas ou sopas é considerado condimento e medicinal. Nas indicações os alhos, combatem fungos, bactérias e vírus, usados no controle de diabetes e pressão arterial. Aumenta a imunidade, combate resfriados e outras informações disponíveis na internet.

Armazenagem do alho bulbos: Deve ser guardado em local escuro, ventilado e fresco para não mofar. Muitos o guardam em réstias. Quando já descascado deve ser em geladeira embrulhado em filme ou vidro com azeite ou óleo. Se congelar ao ser retirado deve ir direto para a panela. Outra alternativa é fazer a pasta de alho que dura 90 dias. Há varias receitas disponíveis.

Texto por Nilo Cortez, engenheiro agrônomo

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